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Internacional

- Publicada em 14 de Agosto de 2019 às 03:00

Assembleia Constituinte cogita antecipar eleições

Diosdado Cabello afirmou que decisão será anunciada nos próximos dias

Diosdado Cabello afirmou que decisão será anunciada nos próximos dias


/FEDERICO PARRA/AFP/JC
A Assembleia Constituinte da Venezuela, composta apenas por aliados do presidente Nicolás Maduro, determinou a formação de uma comissão para definir a data das próximas eleições legislativas do país. A votação está prevista para ocorrer em 2020, mas o órgão não descarta antecipar o pleito para este ano. No fim de semana, o líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino, já havia dito que esperava que os chavistas dissolveriam o Parlamento ou antecipariam as eleições legislativas.

A Assembleia Constituinte da Venezuela, composta apenas por aliados do presidente Nicolás Maduro, determinou a formação de uma comissão para definir a data das próximas eleições legislativas do país. A votação está prevista para ocorrer em 2020, mas o órgão não descarta antecipar o pleito para este ano. No fim de semana, o líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino, já havia dito que esperava que os chavistas dissolveriam o Parlamento ou antecipariam as eleições legislativas.

Um dos integrantes da comissão que avaliará a antecipação das eleições é Diosdado Cabello, uma das principais figuras do governo e atual presidente da Constituinte, um órgão legislativo não reconhecido por vários países da região. Cabello explicou que a comissão consultará os demais órgãos do governo da Venezuela para decidir o melhor calendário para a realização das eleições.

"Se essa consulta concluir que é no dia 1 de janeiro, será no dia 1 de janeiro. Se concluir que é melhor fazer neste ano, será feito neste ano. Revelaremos (a decisão) nos próximos dias", afirmou o presidente da Assembleia Constituinte, que já ameaçou em outras oportunidades antecipar as eleições para o Parlamento.

A Assembleia Nacional, o Parlamento da Venezuela, é controlada pela oposição. Liderado por Guaidó, que é reconhecido como presidente interino do país por mais de 50 nações - entre eles, o Brasil -, o órgão é, atualmente, considerado "sem funções" por determinação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também alinhado ao chavismo.

Cabello aproveitou a decisão para acusar os opositores de promover a violência nos protestos contra o governo Maduro e de apoiar as sanções econômicas aplicadas ao país pelos EUA. "Nós, agora, vamos para o contra-ataque", disse.

Em 2018, a Assembleia Constituinte antecipou a realização das eleições presidenciais do país de dezembro para maio. Maduro foi reeleito, mas a votação é considerada ilegítima pelas nações que apoiam Guaidó.

A Venezuela atravessa a mais severa crise política e econômica de sua história recente, com recessão, hiperinflação e luta pelo poder entre Guaidó e Maduro. Nos Estados Unidos, o governo do presidente Donald Trump lidera uma ofensiva para sufocar o regime liderado por Maduro, com um bloqueio de ativos da Venezuela e ameaças de sanções a empresas que negociem com o governo chavista.

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