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Internacional

- Publicada em 08 de Agosto de 2019 às 03:00

Sanções dos EUA ameaçam tratativas com a oposição na Venezuela

Guaidó tem avançado em negociações diplomáticas para pôr fim ao impasse político no país

Guaidó tem avançado em negociações diplomáticas para pôr fim ao impasse político no país


FEDERICO PARRA/AFP/JC
Por semanas, representantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Juan Guaidó, tem avançado em negociações diplomáticas em Barbados para tentar chegar a um acordo para acabar com o impasse político e permitir o fim de uma das maiores crises da história da Venezuela. As reuniões são envoltas em mistério, com nenhum dos dois lados divulgando detalhes.
Por semanas, representantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Juan Guaidó, tem avançado em negociações diplomáticas em Barbados para tentar chegar a um acordo para acabar com o impasse político e permitir o fim de uma das maiores crises da história da Venezuela. As reuniões são envoltas em mistério, com nenhum dos dois lados divulgando detalhes.
Os defensores de Maduro estão acusando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar implodir o frágil processo, com a imposição de novas sanções que congelam os ativos do governo de Maduro nos EUA e até ameaçam punir empresas de países que continuarem fazendo negócios com o chavismo. "Eles estão tentando dinamitar o diálogo", disse o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, em uma coletiva ontem, para denunciar os comentários do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, defendendo o congelamento de ativos. "Mas ninguém, nem mesmo mil Trumps ou 500 Boltons nos farão abandonar a mesa de negociações."
Com base no seu papel de facilitadora do processo de paz na Colômbia, a Noruega conseguiu, em maio, superar uma profunda desconfiança de ambos os lados e reunir chavismo e oposição em Oslo. Desde então, as tratativas foram transferidas para a ilha caribenha de Barbados, onde a quinta rodada terminou na semana passada.
Apesar de nenhum dos lados falar muito sobre o que está sendo discutido, especula-se que os enviados de Maduro expressaram a disposição de convocar uma eleição presidencial antecipada sob uma comissão eleitoral renovada e com a participação de observação estrangeira. Os EUA insistiram que Maduro deve desistir do poder antes que qualquer eleição possa ser considerada legítima.
Maduro, embora enfraquecido pelas sanções e cada vez mais isolado internacionalmente, ainda conta com o apoio de poderosos aliados, como a Rússia e a China. Ele também tem o apoio das Forças Armadas, árbitro tradicional das disputas na Venezuela. Nem os militares, nem os EUA participam das negociações, embora o principal objetivo de Maduro seja a remoção das sanções norte-americanas.
Já o ímpeto de Guaidó parou desde que ele se declarou presidente interino, reconhecido pelos EUA e outras 50 nações, que viram como fraudulenta a reeleição de Maduro no ano passado. As manifestações no início do ano, que encheram as ruas de Caracas, diminuíram, e um levante militar convocado por ele em abril fracassou, com vários legisladores da oposição em fuga ou no exílio.
 
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