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Internacional

- Publicada em 24 de Julho de 2019 às 03:00

Novo premiê britânico, Boris Johnson conduzirá execução do Brexit

Johnson prometeu finalizar os termos do Brexit até 31 de outubro

Johnson prometeu finalizar os termos do Brexit até 31 de outubro


LEON NEAL/AFP/JC
O deputado britânico Boris Johnson, de 55 anos, é o novo líder do Partido Conservador e deverá se tornar primeiro-ministro do Reino Unido hoje, substituindo sua correligionária Theresa May. O resultado da eleição interna (restrita a membros da legenda) foi anunciado na manhã de ontem.
O deputado britânico Boris Johnson, de 55 anos, é o novo líder do Partido Conservador e deverá se tornar primeiro-ministro do Reino Unido hoje, substituindo sua correligionária Theresa May. O resultado da eleição interna (restrita a membros da legenda) foi anunciado na manhã de ontem.
Ex-ministro das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres (2008-2016), Johnson derrotou o atual chanceler, Jeremy Hunt, na etapa final da disputa por 66% a 34% dos votos. No começo da corrida, em junho, havia dez candidatos, mas o atual vencedor nunca foi ameaçado. Segundo o protocolo, May deve ter uma audiência com a rainha Elizabeth II hoje à tarde para entregar seu cargo e recomendar Johnson como sucessor.
Conhecido pelo estilo informal, pelas gafes e por projetos frívolos e onerosos, o deputado ascende à chefia de governo com a promessa de solucionar a maior crise da política britânica em décadas: como levar a cabo o Brexit, a saída da União Europeia (UE), decidida em plebiscito há três anos.
Durante a campanha, ele garantiu que, uma vez eleito, tiraria Londres do bloco em 31 de outubro - a terceira data-limite para a separação, após dois adiamentos -, não importa o que acontecesse. Isso quer dizer que o novo líder não descarta o chamado "Brexit duro", sem um acordo com a UE que prevê, entre outras coisas, uma fase de transição para que os dois lados se acostumem com o novo status.
Em pronunciamento curto após a divulgação do resultado da eleição, mais uma vez prometeu finalizar o adeus à UE até 31 de outubro e "reenergizar o país" com uma abordagem otimista para problemas. "Como um gigante adormecido, vamos despertar e nos livrar das amarras da falta de autoconfiança e do pessimismo com melhor educação, melhor infraestrutura e mais polícia e internet de banda larga por fibra óptica em cada casa", disse. 
Ele falou ainda na importância de reconciliar dois instintos conflitantes: o anseio por cooperação internacional e livre-comércio e o desejo de autonomia dos governos nacionais. "Vamos unir este país fantástico e fazê-lo avançar."
Nos últimos dias, Johnson recebeu sinais de que enfrentará oposição, inclusive de alas moderadas de seu partido, se optar pela via da ruptura. O temor é o de que ele use um recesso para passar por cima dos deputados e impor uma saída não negociada. O Legislativo rejeitou três vezes o acordo proposto por May e, quando instado a propor uma alternativa, não chegou a um consenso. Mas se há um entendimento consolidado na Câmara, é o de que a despedida britânica da UE não deve ser abrupta.
Em paralelo, vários ministros do governo May anunciaram que deixariam seus postos caso a vitória do ex-chanceler se confirmasse, entre eles Philip Hammond, titular das Finanças, e David Gauke, da Justiça. No setor dos chamados "brexiteers", que defendem um divórcio sem concessões à Europa, também há expectativa em relação à concretização do discurso linha-dura do ex-chanceler.
Tanto críticos como apoiadores aguardam as primeiras nomeações ministeriais de Johnson e seu discurso inaugural para definir os próximos passos, mas, de toda forma, ele deve gozar de uma espécie de "salvo-conduto" até o começo de setembro, quando o Parlamento volta de seu recesso de verão.
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