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Internacional

- Publicada em 18 de Julho de 2019 às 03:00

Presidente Mauricio Macri cria registro de organizações terroristas na Argentina

Ataque à Amia deixou 85 mortos e centenas de feridos e, até hoje, não foi totalmente esclarecido

Ataque à Amia deixou 85 mortos e centenas de feridos e, até hoje, não foi totalmente esclarecido


ALI BURAFI/AFP/JC
Hoje, no aniversário de 25 anos do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), o presidente Mauricio Macri assina um decreto que cria um sistema de registro de pessoas e entidades possivelmente ligadas ao terrorismo. Ele também decreta luto nacional e classifica o Hezbollah, acusado pela Justiça argentina de ter participado do atentado em Buenos Aires, como uma organização terrorista.
Hoje, no aniversário de 25 anos do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), o presidente Mauricio Macri assina um decreto que cria um sistema de registro de pessoas e entidades possivelmente ligadas ao terrorismo. Ele também decreta luto nacional e classifica o Hezbollah, acusado pela Justiça argentina de ter participado do atentado em Buenos Aires, como uma organização terrorista.
O ataque à Amia deixou 85 mortos e centenas de feridos e, até hoje, não foi totalmente esclarecido. Um dos mais letais atentados terroristas na América Latina, ocorreu apenas dois anos depois do ataque contra a embaixada de Israel, também em Buenos Aires, que matou 22 pessoas e feriu 350.
O edifício da Amia fica no bairro do Once, no Centro de Buenos Aires. Na manhã do dia 18 de julho de 1994, uma van carregada com explosivos foi estacionada diante do edifício e detonada. O motorista também morreu.
Várias linhas de investigação foram seguidas desde então. A tese considerada mais provável pela Justiça hoje é a de que o ataque teria sido organizado pelo Hezbollah junto a funcionários do governo iraniano com apoio de sócios argentinos. Esses funcionários iranianos têm um mandado de busca internacional e são procurados pela Interpol. A cena do crime foi alterada logo após o ataque, por motivos também não esclarecidos, eliminando evidências que comprometeram a elucidação completa do caso.
Como o presidente argentino à época era Carlos Menem
(1989-1999), uma das hipóteses levantadas foi de que o atentado teria sido uma resposta à sua aproximação com os EUA. Também foi considerado, em certo momento, que o ataque poderia ter sido causado por terroristas sírios. Outros obstáculos surgiram ao longo da investigação, como promotores afastados após a revelação de que haviam tentado subornar possíveis testemunhas.
O mais recente revés no processo foi a morte do promotor Alberto Nisman, em 2015, até então responsável pelo caso e que preparava uma acusação contra a então presidente Cristina Kirchner por promover obstrução à Justiça com a intenção de firmar um tratado comercial com o Irã. Nisman foi encontrado morto um dia antes de apresentar a denúncia ao Congresso.
Sua morte tampouco foi esclarecida de modo conclusivo. A princípio, foi tratada como um suicídio pela promotora responsável pelo caso, uma vez que não foram encontrados registros da entrada de outras pessoas em seu apartamento. Um laudo mais recente, porém, feito pela Gendarmeria a pedido do presidente Mauricio Macri, concluiu que, sim, Nisman teria sido assassinado. Ainda assim, não se chegou a nenhuma conclusão sobre quem teria sido o mandante. O caso segue em investigação.
Amanhã, Macri também participará de uma homenagem às vítimas do atentado, acompanhado do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeu, que estará em visita à Argentina.
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