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Internacional

- Publicada em 12 de Julho de 2019 às 03:00

Governo e oposição venezuelanos não chegam a acordo

Guaidó se autodeclarou presidente, mas ainda não conseguiu assumir poder

Guaidó se autodeclarou presidente, mas ainda não conseguiu assumir poder


YURI CORTEZ/AFP/JC
As conversas entre o governo da Venezuela e a oposição sobre como lidar com a crise política do país terminaram na quarta-feira sem o anúncio de um acordo. Representantes do governo de Nicolás Maduro se encontraram nesta semana em Barbados, como parte das conversas cuja meta é destravar um impasse político resultante da contestada eleição de 2018, que garantiu ao presidente um novo mandato.
As conversas entre o governo da Venezuela e a oposição sobre como lidar com a crise política do país terminaram na quarta-feira sem o anúncio de um acordo. Representantes do governo de Nicolás Maduro se encontraram nesta semana em Barbados, como parte das conversas cuja meta é destravar um impasse político resultante da contestada eleição de 2018, que garantiu ao presidente um novo mandato.
"Esta rodada de conversas para o diálogo e a paz em Barbados foi concluída", escreveu no Twitter o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, que comandou a delegação do regime de Maduro, descrevendo os encontros como "um intercâmbio bem-sucedido promovido pelo governo da Noruega".
Um representante da oposição venezuelana que pediu para não ser identificado disse à agência Reuters que os dois lados podem se reencontrar em Barbados novamente no dia 15 de julho. O Ministério das Relações Exteriores da Noruega, que mediou conversas anteriores, não quis comentar o progresso do encontro.
A assessoria de imprensa do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como o governante legítimo da Venezuela, disse que a oposição emitiria um comunicado sobre as negociações. Nos últimos dias, circularam rumores de que a oposição estava pleiteando uma eleição presidencial dentro de nove meses, sem Maduro no poder durante a votação.
O vice-presidente do Partido Socialista, Diosdado Cabello, figura influente no governo Maduro, refutou, na noite de quarta-feira, a ideia de que uma eleição esteja sendo preparada. "Aqui, não há eleições presidenciais. Aqui, o presidente se chama Nicolás Maduro", afirmou.
A Venezuela está sofrendo um colapso econômico com hiperinflação, que resultou em desnutrição e doenças, e desencadeou um êxodo de mais de 4 milhões de venezuelanos. Em janeiro, Guaidó invocou a Constituição para dizer que a reeleição de Maduro foi uma fraude e se declarar presidente interino. Ele obteve forte apoio internacional, mas, em quase seis meses, não conseguiu assumir o comando da Venezuela. As Forças Armadas e outros setores do governo seguem leais a Maduro.
Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram a aplicação de sanções à Direção Geral de Contra-Inteligência Militar da Venezuela após a morte do militar Rafael Acosta, preso naquele centro sob acusação de conspirar contra Maduro. Há suspeitas de que Acosta morreu em decorrência de torturas sofridas.
"A prisão por razões políticas e a morte trágica do capitão Rafael Acosta foram injustificadas e inaceitáveis", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciando a medida. As sanções implicam o bloqueio de todos os ativos e inativos que a Contra-Inteligência Militar tem, direta ou indiretamente, sob a jurisdição dos Estados Unidos, bem como a proibição de qualquer transação legal envolvendo indivíduos e entidades norte-americanas.
 
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