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Internacional

- Publicada em 05 de Julho de 2019 às 03:00

Polícia prende 12 pessoas após protesto no Parlamento de Hong Kong

Sede do Legislativo foi pichada e teve vidros quebrados durante ato no dia 1 de julho

Sede do Legislativo foi pichada e teve vidros quebrados durante ato no dia 1 de julho


ANTHONY WALLACE/AFP/JC
Pelo menos 12 pessoas foram presas pela polícia de Hong Kong acusadas de invadir o Parlamento local durante os protestos do dia 1 de julho em defesa da democracia. Um homem de 31 anos, cujo sobrenome é Poon, foi detido porque teria, segundo as autoridades locais, atacado a polícia, promovido destruição criminosa e forçado a entrada no Parlamento.
Pelo menos 12 pessoas foram presas pela polícia de Hong Kong acusadas de invadir o Parlamento local durante os protestos do dia 1 de julho em defesa da democracia. Um homem de 31 anos, cujo sobrenome é Poon, foi detido porque teria, segundo as autoridades locais, atacado a polícia, promovido destruição criminosa e forçado a entrada no Parlamento.
Além dele, outras 11 pessoas foram presas por relação com protestos, sendo 10 homens e uma mulher, com idades entre 14 e 36 anos. As acusações contra eles incluem posse de armas, associação ilegal e ataque a um policial, de acordo com o jornal The New York Times.
Na segunda-feira passada, dia do aniversário de 22 anos da devolução do território para a China, milhares de pessoas protestaram nas ruas. Um grupo invadiu o Parlamento, exibindo uma faixa do período em que Hong Kong era uma colônia britânica. Os manifestantes rasgaram fotos de líderes locais, saquearam o prédio e picharam suas paredes. Eles foram expulsos pela polícia.
Os protestos em Hong Kong são realizados há meses e refletem o medo da população em face da crescente influência do governo chinês e do declínio das liberdades no território. O Parlamento local tem sido o centro das manifestações contra um projeto de lei do governo para autorizar extradições para a China continental. Os ativistas exigem a retirada definitiva da proposta, a renúncia da chefe executiva Carrie Lam e o fim das ações judiciais contra opositores presos.
Embora Hong Kong tenha sido transferida do Reino Unido para a China há 22 anos, o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas". Assim, os habitantes gozam de direitos raramente vistos na China continental, mas muitos sentem que o gigante asiático tem se afastado do acordo.
Na terça-feira, o chefe da diplomacia britânica, Jeremy Hunt, ameaçou a China com "graves consequências" caso não respeite o acordo. "Hong Kong faz parte da China, e temos que aceitar. Mas as liberdades em Hong Kong estão registradas em uma declaração comum", disse. "Esperamos que um acordo juridicamente obrigatório seja respeitado, e, se não for o caso, haverá graves consequências."
A China respondeu de forma dura e convocou seu embaixador em Londres. "Ele (Hunt) parece estar fantasiando com a glória esmaecida do colonialismo britânico", criticou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, antes de acrescentar que o "Reino Unido não tem mais a mínima soberania" sobre Hong Kong.
Os manifestantes debatem quais serão os próximos passos do movimento. Há dúvidas entre seguir protestando de forma pacífica ou adotar táticas mais agressivas, como a exposição de dados pessoais de policiais que atuam na repressão aos protestos.
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