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Internacional

- Publicada em 03 de Julho de 2019 às 03:00

Alemã será primeira mulher a comandar a UE

Ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, presidirá a Comissão Europeia

Ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, presidirá a Comissão Europeia


ODD ANDERSEN/AFP/JC
Depois de três dias de reuniões em Bruxelas, na Bélgica, os líderes da União Europeia (UE) definiram ontem a nova composição da governança do bloco. O desenho tem acenos aos dois principais países do consórcio, Alemanha e França, aos partidos mais fortes no Parlamento Europeu (centro-direita e social-democracia) e a forças emergentes, como os liberais. Pela primeira vez, a presidência da Comissão Europeia (equivalente ao Executivo da UE) ficará com uma mulher - a alemã Ursula von der Leyen, atual ministra da Defesa de seu país e de perfil moderadamente conservador.
Depois de três dias de reuniões em Bruxelas, na Bélgica, os líderes da União Europeia (UE) definiram ontem a nova composição da governança do bloco. O desenho tem acenos aos dois principais países do consórcio, Alemanha e França, aos partidos mais fortes no Parlamento Europeu (centro-direita e social-democracia) e a forças emergentes, como os liberais. Pela primeira vez, a presidência da Comissão Europeia (equivalente ao Executivo da UE) ficará com uma mulher - a alemã Ursula von der Leyen, atual ministra da Defesa de seu país e de perfil moderadamente conservador.
Os franceses conseguiram emplacar Christine Lagarde - a diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional) foi nomeada para presidir o Banco Central Europeu. Para a chefia do Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e/ou governo da UE (e, para muitos, constitui a única instância decisória real do bloco), foi designado o premiê belga, Charles Michel, de tendência liberal.
O grupo centrista do qual o primeiro-ministro faz parte é um dos que mais ganharam espaço na nova configuração do Parlamento Europeu - muito pela inclusão, em suas fileiras, do partido República em Marcha, do presidente francês, Emmanuel Macron. A bancada liberal terá 108 assentos (contra 68 na legislatura passada) e continuará sendo a terceira maior da casa, mas a uma distância muito menor dos até aqui hegemônicos Partido Popular Europeu (PPE, com 182) e social-democratas (153).
Já o atual chanceler espanhol, Josep Borrell, ficará responsável pela política externa do bloco. A indicação dele representa uma vitória para o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez, que tem buscado aumentar o peso da Espanha na cena europeia, no vácuo criado pela iminente saída do Reino Unido.
As nomeações ainda precisam ser aprovadas pelos eurodeputados, possivelmente melindrados com o fato de nenhuma de suas proposições para o comando da comissão ter sido endossada pelos líderes. O alemão Manfred Weber, cabeça do PPE, foi, desde o início, rechaçado pela França, tanto por chauvinismo de Paris quanto por sua inexperiência em cargos executivos.
O holandês Frans Timmermans, nome alternativo vindo da centro-esquerda (social-democracia), havia sido bem recebido por Macron e pela chanceler alemã, Angela Merkel. Mas a acolhida dos regimes conservadores do Leste não poderia ser mais gélida. Vice-presidente da Comissão Europeia, ele impulsionou processos disciplinares (por violação das normas da UE) contra governos de ultradireita como os de Polônia e Hungria.
A busca de paridade de gêneros e de equilíbrio entre regiões e forças políticas (para não falar dos duelos internos em grupos como o PPE) levaram a cúpula a se estender por três dias, algo raríssimo. Era o terceiro encontro em pouco mais de um mês para tentar resolver o quebra-cabeça dos altos postos europeus - e os líderes insistiam que era preciso definir o quarteto de dirigentes antes de o Parlamento eleger seu novo presidente, hoje, para evitar mais tarde ter de compor com os humores dos deputados.
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