O governo Trump aumentou a pressão sobre o ditador venezuelano Nicolás Maduro nesta sexta-feira (28), impondo sanções ao seu filho Nicolás "Nicolasito" Maduro. As informações são do Departamento do Tesouro dos EUA, que publicou um comunicado em seu site.
Segundo o informe, o filho de Maduro lucrou com as minas venezuelanas em conjunto com a esposa de Maduro, Cilia Flores. Também teria ajudado a pressionar os militares a manterem a ajuda humanitária fora do país, por caracterizá-la como uma tentativa de minar a democracia venezuelana; e feito esforços no sentido de aumentar a censura nos meios de comunicação locais.
As propriedades e participações de mais de 50% em propriedades ou entidades que pertençam a Nicolasito e que estejam nos Estados Unidos ou sejam controladas por americanos ficam bloqueadas e devem ser reportadas ao Tesouro, estipula o comunicado.
"Maduro confia em seu filho Nicolasito e outros próximos a seu regime autoritário para manter o controle sobre a economia e reprimir o povo da Venezuela", escreve o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, no informativo.
As novas punições, que podem ser revogadas, são a mais recente atitude em seis meses de esforços para tirar o ditador do poder. A reeleição de Maduro em 2018 foi classificada como ilegítima pelos Estados Unidos e pela maioria dos países ocidentais.
"O Tesouro continuará a atacar parentes cúmplices de membros ilegítimos do regime que lucram com a corrupção de Maduro", completou Mnuchin.
Em 2014, "Nicolasito" foi apontado por seu pai como inspetor da presidência. Em 2017, foi eleito como membro da Assembleia Nacional Constituinte.
Na quinta (27), sanções semelhantes foram aplicadas a duas figuras próximas a Nicolás Maduro:o ex-ministro da Energia Elétrica e ex-presidente da estatal Corporación Eléctrica Nacional (Corpoelec), Luis Motta Dominguez, substituído em meio aos apagões que atingiram o país em março; e EustiquioJoséLugoGómez, ex-funcionário da Corpoelece atual vice-ministro de Finanças, Investimentos e Alianças Estratégicas do Ministério de Energia Elétrica.
"Essas pessoas estão envolvidas em uma corrupção desenfreada", disse o Departamento de Estado, atribuindo a ambas a responsabilidade direta pela deterioração e falha do sistema elétrico venezuelano, que levaram a uma série de apagões em março.
Mottae Lugo também foram apontados por conspirar com outros para lavar os lucros obtidos por meio de um esquema de suborno usando bancos no sul do estado da Flórida.
Segundo a acusação formal, Motta e Lugo ofereceram a três empresas com sede na Flórida mais de 60 milhões de dólares em contratos de compra com a Corpolecem troca de subornos que foram pagos para eles