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Internacional

- Publicada em 18 de Junho de 2019 às 03:00

Ex-presidente egípcio morre durante audiência

Em 2012, Morsi tornou-se o primeiro presidente eleito do país

Em 2012, Morsi tornou-se o primeiro presidente eleito do país


/KHALED DESOUKI/AFP/JC
O ex-presidente egípcio Mohamed Morsi morreu ontem, aos 67 anos, depois de ser vítima de um mal-estar no tribunal. Segundo testemunhas, Morsi falou diante do juiz por 20 minutos e desmaiou. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.
O ex-presidente egípcio Mohamed Morsi morreu ontem, aos 67 anos, depois de ser vítima de um mal-estar no tribunal. Segundo testemunhas, Morsi falou diante do juiz por 20 minutos e desmaiou. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.
Membro do movimento islâmico Irmandade Muçulmana, Morsi se tornou, em 2012, o primeiro presidente eleito da história do Egito. Ele chegou ao poder um ano depois da Revolução do Nilo, desencadeada pela Primavera Árabe, que provocou a queda do ex-presidente Hosni Moubarak. Ele foi derrubado pelas Forças Armadas do país em julho de 2013, depois de uma série de manifestações populares. Com sua saída, o marechal Abdel Fattah el-Sissi, seu ex-ministro da Defesa, tornou-se presidente do país.
Desde que chegou ao poder, El-Sissi conduziu uma repressão contra a oposição islâmica. Os anos que se seguiram ao golpe do Exército no Egito registraram uma série de ataques contra forças de segurança do governo, com centenas de policiais e militares mortos. Ocorreu também uma insurgência jihadista, principalmente no Norte do Sinai.
Morsi cumpria pena por ter ordenado a morte de manifestantes em 2012 e por espionagem a favor do Catar, com quem teria compartilhado diversos documentos confidenciais. Ontem, ele compareceria a uma outra audiência por conta de contatos suspeitos com o grupo palestino Hamas.
O chefe de Estado turco, Recep Tayyp Erdogan, um dos principais aliados de Morsi, fez referências positivas ao ex-presidente, chamando-o de "mártir". As relações entre a Turquia e o Egito são praticamente inexistentes desde a sua destituição. "Como vocês sabem, o tirano El-Sissi tomou o poder no Egito acabando com a democracia de uma só vez, executando cerca de 50 egípcios. Ainda assim, o Ocidente continua em silêncio", disse.
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