Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.
Nicarágua liberta presos políticos via lei que também anistia repressores
A Nicarágua liberou ontem os jornalistas Miguel Mora, dono e diretor da emissora 100% Notícias, a principal do país, e a porta-voz do canal, Lucía Pineda Ubao, além de outros 54 presos políticos.
Quer continuar lendo este e outros conteúdos sérios e de credibilidade?
Assine o JC Digital com desconto!
Personalize sua capa com os assuntos de seu interesse
Acesso ilimitado aos conteúdos do site
Acesso ao Aplicativo e versão para folhear on-line
Conteúdos exclusivos e especializados em economia e negócios
A Nicarágua liberou ontem os jornalistas Miguel Mora, dono e diretor da emissora 100% Notícias, a principal do país, e a porta-voz do canal, Lucía Pineda Ubao, além de outros 54 presos políticos.
O reencontro dos libertados com familiares e amigos, porém, também teve um gosto amargo. A autorização para deixarem a prisão se deve a uma lei aprovada pelo governo de Daniel Ortega que, ao mesmo tempo em que determina a libertação, confere ampla anistia a militares e membros das forças que reprimiram os protestos que deixaram 325 mortos e mais de 2 mil feridos em pouco mais de um ano. O Centro Nicaraguense de Direitos Humanos chamou a lei de Ortega de "auto-anistia" e afirmou que a ação é ilegal de acordo com leis internacionais.
A crise teve início em 18 de abril de 2018, quando universitários foram às ruas contra uma reforma do sistema de pensões. As marchas começaram a atrair mais gente pedindo a renúncia do governo, e a repressão foi brutal.