Yasir Arman, líder sudanês da oposição, foi preso nesta quarta-feira (5), segundo o porta-voz de seu grupo, o Movimento Popular de Liberação do Sudão - Setor Norte. O motivo da prisão não foi informado.
Arman voltou ao país de um exílio no mês passado, após a deposição do ditador Omar al-Bashir. Em 2011, ele foi sentenciado à morte por rebelião contra o regime. A prisão ocorreu dois dias depois da repressão a opositores em um acampamento em frente ao quartel-general das Forças Armadas, em Cartum.
O Comitê de Médicos Sudaneses reportou 60 mortes e 300 feridos desde o ocorrido. Grupos de oposição afirmam que 40 outros corpos foram encontrados no rio Nilo e levados para um destino desconhecido na terça-feira.
O governo afirmou, em discurso televisionado, "lamentar o ocorrido" e que vai iniciar uma investigação sobre os culpados. O tenente Abdel Fattah al-Buhane, chefe do Conselho Militar, pediu em troca "a abertura de uma nova página" com os líderes da oposição, que romperam contato com o governo no dia do massacre. No entanto, a oposição negou a oferta, que veio horas antes da detenção de Arman. Ontem, prosseguiam os protestos em Cartum.