Os corpos dos seis brasileiros encontrados mortos por intoxicação de gás em um apartamento no Chile no dia 22 de maio chegaram ontem ao Brasil. O voo partiu de Santiago e fez escala em São Paulo antes de seguir para Florianópolis. De acordo com o advogado Mirivaldo Campos, haverá um velório coletivo amanhã, e todos serão enterrados na cidade de Biguaçu, onde vivia a maior parte da família.
A chegada dos corpos dos turistas ocorre uma semana depois que familiares desembarcaram no Chile para fazer identificação e providenciar a liberação. Segundo Campos, as autoridades chilenas foram ágeis: "Normalmente, no Chile, um processo desses levaria mais de 25 dias. As autoridades locais abriram as portas para a gente e fizeram a liberação dos corpos em tempo recorde", disse. Além do advogado, viajaram ao Chile Ademir, pai de Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, e Jonathas Nascimento Kruger, 30, e avô de Karoliny, 14, e Felipe, 13; Daniel de Souza, irmão de Fabiano de Souza, casado com Débora; e Samuel, tio de Adriane Kruger, que era casada com Fabiano.
Ainda conforme Campos, o custo do traslado e do enterro coletivo está sendo pago pela empresa Airbnb, responsável pela locação do apartamento, e que até o momento a família não tem mais nenhuma reivindicação. "Estamos mais focados na liberação dos corpos e na cerimônia, depois a família vai avaliar se há necessidade de novas reivindicações", emendou.
Na sexta-feira, as autoridades chilenas divulgaram laudo confirmando a causa das mortes por intoxicação por monóxido de carbono. O gás vazou do sistema de aquecimento do prédio, localizado no bairro turístico de Bellas Artes.