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Internacional

- Publicada em 04 de Junho de 2019 às 03:00

Repressão a acampamento de ativistas pró-democracia causa 13 mortes no Sudão

Manifestações ocorrem desde abril, quando ditador foi destituído

Manifestações ocorrem desde abril, quando ditador foi destituído


ASHRAF SHAZLY/AFP/JC
Militares reprimiram ontem um protesto organizado por civis pela democracia no Sudão e deixaram 13 mortos em Cartum, capital do país. Os manifestantes estavam acampados em frente ao Ministério da Defesa quando começaram os tiros. Para a Associação de Profissionais do Sudão, sindicato que liderou o protesto, o ocorrido foi "um massacre numa tentativa traiçoeira de dispersar o protesto".
Militares reprimiram ontem um protesto organizado por civis pela democracia no Sudão e deixaram 13 mortos em Cartum, capital do país. Os manifestantes estavam acampados em frente ao Ministério da Defesa quando começaram os tiros. Para a Associação de Profissionais do Sudão, sindicato que liderou o protesto, o ocorrido foi "um massacre numa tentativa traiçoeira de dispersar o protesto".
O Conselho Militar de Transição, no entanto, negou que o intuito da ação fosse dispersar o acampamento. O general Shams al-Deen al-Kabashio, porta-voz do governo, disse que as forças de segurança buscavam controlar uma zona de atividades ilícitas próximas ao protesto e, durante a ação, criminosos se infiltraram no acampamento.
A área do ataque era ocupada por acampamentos desde abril deste ano, quando o ditador Omar al-Bashir foi destituído após três décadas no poder, e uma junta militar tomou o controle político do país. O grupo de oposição Aliança pela Liberdade e a Mudança (ALC) anunciou ontem a interrupção de todo contato e negociação com o Conselho Militar. Em um comunicado, a ALC também convocou os manifestantes a uma "greve e desobediência civil total e indefinida".
As embaixadas dos EUA e do Reino Unido no país criticaram a ação dos militares sudaneses. A União Europeia também instou os militares a permitir o protesto pacífico de civis. A Comissão da União Africana, que já pediu aos líderes para entregarem o poder político à população, defendeu uma investigação imediata.
 
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