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Internacional

- Publicada em 30 de Maio de 2019 às 03:00

Greve de sindicalistas paralisa Buenos Aires

Ato convocado pela central sindical CGT critica medidas de ajuste econômico do governo

Ato convocado pela central sindical CGT critica medidas de ajuste econômico do governo


JUAN MABROMATA/AFP/JC
A Argentina ficou paralisada ontem em função de uma greve geral dos principais sindicatos do país contra as medidas de ajuste econômico do presidente Mauricio Macri, em meio a uma crise que abala suas aspirações de ser reeleito. Sem transporte de passageiros, escolas ou trabalho em repartições públicas e bancos, muitas ruas de Buenos Aires ficaram vazias antes das manifestações, realizadas por grupos que aderiram à medida de força convocada pela poderosa central sindical CGT (Confederação Geral do Trabalho).

A Argentina ficou paralisada ontem em função de uma greve geral dos principais sindicatos do país contra as medidas de ajuste econômico do presidente Mauricio Macri, em meio a uma crise que abala suas aspirações de ser reeleito. Sem transporte de passageiros, escolas ou trabalho em repartições públicas e bancos, muitas ruas de Buenos Aires ficaram vazias antes das manifestações, realizadas por grupos que aderiram à medida de força convocada pela poderosa central sindical CGT (Confederação Geral do Trabalho).

Para garantir o sucesso da greve, vários piquetes de organizações sociais e partidos de esquerda bloquearam o trânsito em alguns acessos à capital argentina. Controlada pelo peronismo, atualmente na oposição, a CGT demanda que o governo, de centro-direita, imponha aumentos salariais que os equiparem à inflação alta - que chegou a 50% nos últimos 12 meses - e exige a redução de alguns impostos que afetam os trabalhadores.

As tarifas de serviços altas são outro alvo dos protestos, já que as fortes elevações registradas nos últimos anos, com as quais o governo tentou reduzir seu déficit, são uma das causas de a pobreza ter atingido 32% da população neste ano, segundo dados oficiais. Macri almeja se manter na presidência nas eleições de outubro, mas a queda nas pesquisas provocada pela crise econômica mostra que será difícil. A chapa peronista de Alberto Fernández e da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner lidera na maior parte das sondagens.

Em um dia de greve geral, as ruas ficaram ainda mais congestionadas por conta das manifestações em defesa do aborto. Milhares de pessoas se manifestaram em várias cidades argentinas usando lenços verdes em defesa da legalização do procedimento.

O movimento espera que a lei seja aprovada em breve pela Câmara dos Deputados em Buenos Aires. Por sete vezes, um projeto de lei semelhante foi apresentado ao Congresso, até agora sem resultado. Ontem, a discussão entrou na oitava rodada. Durante anos, as tentativas de relaxar a legislação não tiveram sucesso. Em 2005, começou uma campanha envolvendo mais de 70 organizações.

Em junho de 2018, a Câmara aprovou o projeto apresentado pelo movimento. Três meses depois, no entanto, a lei foi rejeitada pelo Senado, com maioria de apenas sete votos. Agora, um ano depois, o movimento está recomeçando a mobilização, com uma lei ligeiramente modificada. O projeto apresentado ao Congresso descriminaliza e legaliza o aborto nas primeiras 14 semanas de gestação e, além desse período, quando a vida ou a saúde da mulher estiver em risco ou em casos de estupro.

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