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Internacional

- Publicada em 14 de Maio de 2019 às 03:00

Suécia reabre investigação contra Assange por abuso sexual

Promotora Eva-Marie Persson afirma que também pedirá a extradição do australiano

Promotora Eva-Marie Persson afirma que também pedirá a extradição do australiano


JONATHAN NACKSTRAND/AFP/JC
A Justiça sueca reabriu ontem uma investigação contra o australiano Julian Assange por abuso sexual. A acusação remonta a 2010, mas a apuração do caso havia sido suspensa em 2017 porque o fundador do WikiLeaks pedira asilo na embaixada do Equador em Londres em 2012, e não havia perspectiva de que saísse do edifício.
A Justiça sueca reabriu ontem uma investigação contra o australiano Julian Assange por abuso sexual. A acusação remonta a 2010, mas a apuração do caso havia sido suspensa em 2017 porque o fundador do WikiLeaks pedira asilo na embaixada do Equador em Londres em 2012, e não havia perspectiva de que saísse do edifício.
No mês passado, após sete anos, o governo equatoriano expulsou Assange de sua representação diplomática e o entregou para a polícia britânica. O ciberativista então foi preso por desrespeitar as condições de sua liberdade condicional e, dias depois, condenado a uma reclusão de 50 semanas (quase um ano), pelo mesmo delito.
Em 2010, duas mulheres acusaram separadamente o australiano de estupro durante uma viagem dele a Estocolmo - o anúncio desta segunda-feira se refere a um desses casos. Com isso, as autoridades suecas iniciaram uma investigação contra Assange. Além de estupro, ele também era suspeito de abuso sexual e coação, mas esses dois crimes já prescreveram.
No fim de 2010, com o avanço das investigações, o programador se entregou às autoridades do Reino Unido, pagou fiança e logo foi libertado. Quando se esgotaram os recursos contra o mandado de extradição emitido pela Suécia, em 2012, ele buscou refúgio na embaixada equatoriana, infringindo os termos de sua condicional.
Segundo a defesa do australiano, o temor era de que a transferência para a Suécia fosse o primeiro passo de uma extradição para os Estados Unidos, onde Assange é acusado de vazar documentos diplomáticos e militares secretos - relativos, por exemplo, ao monitoramento de aliados dos Estados Unidos pela inteligência de Washington.
Segundo Eva-Marie Persson, promotora sueca responsável por anunciar a decisão de reabrir o caso, o país também pedirá a extradição do australiano. Ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão na Suécia.
Um dos advogados do australiano, Per Samuelson, disse à agência Reuters que, no momento, a prioridade é impedir que seu cliente seja extraditado para os EUA e que ele irá cooperar com a Justiça sueca. Procuradores norte-americanos informaram que Assange está sendo processado por conspiração e por tentar violar as senhas e invadir um computador do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que guardava informações confidenciais, em um caso que envolveu a ex-analista de inteligência do Exército Chelsea Manning.
 
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