O deputado argentino Héctor Olivares, da União Cívica Radical, partido que integra a coalizão governista do presidente Mauricio Macri, foi ferido na manhã desta quinta-feira (09) com um tiro no tórax. Um funcionário de uma empresa estatal de eletricidade, Miguel Yadón, que estava com ele, morreu após ser atingido por cinco disparos. Os dois estavam caminhando, a uma quadra do Congresso, em Buenos Aires.
Os tiros foram feitos a partir de um carro estacionado, com dois homens dentro, segundo testemunhas. Um vídeo registrado por uma câmera de segurança mostra o momento do crime. Olivares passou por uma cirurgia e, ao fim da tarde desta quinta-feira, ainda estava internado em estado grave no hospital Ramos Mejía.
As polícias federal e civil argentinas anunciaram que o suspeito do ataque é Juan Jesús Fernández, 42 anos, identificado como dono do automóvel de onde saíram os tiros. Ele estaria acompanhado de seu filho, Juan Jesús Fernández Cano, 19 anos. Os oficiais fizeram uma busca em seu endereço, e levaram seu cunhado, única pessoa que estava na casa, para interrogatório.
Macri disse que irá "até as últimas consequências para descobrir o que aconteceu e quem são os responsáveis pelo ataque ao deputado Héctor Olivares". O presidente argentino acrescentou que está acompanhando o estado de saúde do parlamentar e que já conversou com a família do deputado.
O secretário de Segurança de Buenos Aires, Marcelo D'Alessandro, afirmou que a intenção "direta era matá-lo". "É um atentado, um episódio mafioso", disse. A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, em entrevista coletiva, corroborou a afirmação do secretário. "Já sabemos quem são os assassinos, mas não vamos a dar os nomes até capturá-los", afirmou.