Os países do Grupo de Lima repudiaram nesta quinta-feira a prisão de um dos opositores do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, o vice-presidente da Assembleia Nacional, deputado Edgar Zambrano, após a perda de imunidade. Os governos também rejeitaram, por meio de nota, a decisão de retirar a imunidade de dez deputados oposicionistas da Assembleia Nacional, presidida por Juan Guaidó, presidente autodeclarado do país, reconhecido pelo grupo.
Zambrano foi detido ontem por forças do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). O Grupo de Lima considera que o deputado foi levado pela "polícia política" de Maduro a mando do general Gustavo González López, ex-ministro que voltou ao comando do Sebin por ordem de Maduro. Ele foi alvo de sanções internacionais, acusado de violações de direitos humanos.
Além de Zambrano, perderam a imunidade os deputados Henry Ramos Allup, Luis Germán Florido, Mariela Magallanes López, José Simón Calzadilla Peraza, Américo de Grazia, Juan Andrés Mejía, Freddy Superlano, Sergio Vergara e Richard José Blanco Delgado.
Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela fazem parte do Grupo de Lima. Os países não reconheceram a última eleição de Maduro, mas sim, a legitimidade de Guaidó, que se autodeclarou presidente em janeiro.