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Internacional

- Publicada em 07 de Maio de 2019 às 19:39

EUA retiram sanções a chefe de inteligência chavista desertor

 Ação serve de incentivo para que a cúpula militar que ainda apoia Maduro deserte e passe a apoiar Guaidó

Ação serve de incentivo para que a cúpula militar que ainda apoia Maduro deserte e passe a apoiar Guaidó


DIANA SANCHEZ/AFP/JC
Agência Estado
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou a fazer ameaças ao regime chavista nesta terça-feira (7), ao anunciar que os americanos podem ser "mais duros" do que já vêm sendo com o governo de Nicolás Maduro. Do outro lado, o vice voltou a acenar com o alívio de sanções aos militares que deixarem de apoiar o ditador e prometeu reerguer a Venezuela se houver a transição para um governo democrático.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou a fazer ameaças ao regime chavista nesta terça-feira (7), ao anunciar que os americanos podem ser "mais duros" do que já vêm sendo com o governo de Nicolás Maduro. Do outro lado, o vice voltou a acenar com o alívio de sanções aos militares que deixarem de apoiar o ditador e prometeu reerguer a Venezuela se houver a transição para um governo democrático.
Pence anunciou que os EUA retiraram hoje, imediatamente, todas as sanções que foram aplicadas e atingiram o diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, o Sebin, Manuel Cristopher Figuera. O militar passou a apoiar Juan Guaidó, reconhecido pelos americanos como presidente interino da Venezuela. "Os EUA vão considerar o alívio de sanções para todos aqueles que apoiem o Estado de Direito", afirmou Pence. O alívio das sanções é um incentivo para que a cúpula militar que ainda dá apoio a Maduro deserte e passe a apoiar Guaidó.
"Os EUA reafirmam o compromisso com o povo da Venezuela e parceiros da região. Continuaremos com o povo da Venezuela até que a 'libertad' seja restaurada", disse Pence nesta tarde, ao participar da 49º Conferência sobre as Américas, organizada pelo Council of the Americas. "Maduro é um ditador e precisa sair", completou o vice-presidente, aplaudido pela plateia.
Limite
O vice americano estabeleceu a linha do limite para que os EUA passem a adotar uma posição mais agressiva: a segurança de Guaidó. Apesar de ser acusado de tentar um golpe de estado na última semana, Guaidó não foi preso pelo regime chavista. A liberdade do opositor é considerada pelos americanos como um sinal da fragilidade de Maduro. "A segurança de Guaidó e sua família são uma prioridade para os Estados Unidos da América", enfatizou Pence.
"Estamos sendo duros. E, como o presidente diz, podemos ser ainda mais duros", afirmou o vice-presidente americano, que voltou a afirmar que "todas as opções estão sobre a mesa". A fala tem sido adotada pelos EUA para deixar no ar a ameaça de uma intervenção militar, apesar de assessores do presidente Donald Trump assegurarem que a intenção da Casa Branca é manter a pressão diplomática e econômica.
Pence fez ameaças aos juízes da Suprema Corte venezuelana e afirmou que, se eles não voltarem a apoiar o estado de direito, os EUA responsabilizarão os 25 por seus atos. Ele não detalhou, contudo, como os americanos pretendem avançar nas sanções impostas aos juízes.
Reconstrução
Além da sinalização do alívio de sanções aos militares, Pence afirmou que os americanos estarão prontos para apoiar a reconstrução econômica da Venezuela quando Maduro deixar o poder. O planejamento para o dia seguinte à saída do ditador tem sido assunto dentro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização dos Estados Americanos (OEA). "Quando a democracia for restaurada, os EUA não deixarão uma Venezuela livre fracassar", afirmou Pence.
Ele ainda anunciou que os EUA enviarão um navio com medicamentos à região, em junho, para ajudar na assistência de uma crise humanitária na Venezuela. O vice-presidente voltou a dizer que Moscou e Havana dão apoio ao regime de Maduro. Os EUA argumentam que há interferência estrangeira na Venezuela por parte dos russos e cubanos, que garantem a sustentação de Maduro no poder.
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