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Internacional

- Publicada em 28 de Abril de 2019 às 21:13

Socialistas vencem, mas não obtêm maioria em eleições na Espanha

Sánchez precisará do apoio de outros partidos para governar

Sánchez precisará do apoio de outros partidos para governar


JAVIER SORIANO/AFP/JC
O Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), do primeiro-ministro Pedro Sánchez, venceu as eleições parlamentares realizadas ontem, mas não conquistou maioria para governar sozinho. Já seu principal rival, o Partido Popular (PP, de direita), sofreu um revés histórico, vendo sua bancada encolher em mais de 50%. Nas ruas de Madri, apoiadores do Psoe comemoraram a vitória.
O Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), do primeiro-ministro Pedro Sánchez, venceu as eleições parlamentares realizadas ontem, mas não conquistou maioria para governar sozinho. Já seu principal rival, o Partido Popular (PP, de direita), sofreu um revés histórico, vendo sua bancada encolher em mais de 50%. Nas ruas de Madri, apoiadores do Psoe comemoraram a vitória.
Os resultados também confirmam a entrada no Congresso de deputados do Vox, a primeira legenda de ultradireita a chegar ali desde o fim da ditadura de Francisco Franco, em 1975. Ainda assim, não se concretizou a onda de conservadorismo radical na Europa que, segundo analistas, poderia alçar a sigla novata ao terceiro lugar, à frente de Cidadãos (centro) e Podemos (ultraesquerda). Outro destaque é o alto comparecimento do eleitorado, de 75%, o maior desde 2004 (houve quatro pleitos desde então).
Com quase 100% das urnas apuradas, a contagem mostra que o Psoe terá 123 cadeiras na próxima legislatura, o que representa quase 29% dos votos, um crescimento expressivo em relação às 85 atuais e a melhor marca desde 2008. O desempenho legitima Sánchez como líder partidário.
Derrotado nas eleições gerais de 2015 e 2016, que não produziram maiorias claras para formar governo, o socialista queria um terceiro embate com o então premiê, Mariano Rajoy (PP). Foi forçado por correligionários a recuar do plano e acabou deixando o comando da agremiação. Voltou no ano seguinte, impulsionado pela base, e conseguiu, em junho de 2018, fazer aprovar uma moção de desconfiança na gestão Rajoy que o transformou em primeiro-ministro.
Agora, Sánchez vai precisar do apoio do Podemos e de outras legendas menores (algumas das quais ligadas ao separatismo catalão, o que deve dificultar as conversas) para governar pela segunda vez. O partido de esquerda radical sofreu um baque semelhante ao do PP, passando dos atuais 71 deputados para 42.
No campo da direita, o Partido Popular terá 66 assentos no próximo Congresso, contra os 137 atuais. Esta é a pior performance da história do establisment conservador espanhol.
Criado em 2013 por egressos mais radicais do PP, o Vox adentra o Legislativo nacional com 24 deputados, marca expressiva, porém inferior à que as pesquisas mais recentes apontavam (entre 27 e 29). Na centro-direita, o Cidadãos, que buscou durante a campanha se posicionar como "o" partido para quem desejasse desalojar Sánchez do Palácio da Moncloa (sede do governo), passará de 32 cadeiras para 57, fortalecimento que, no entanto, não será suficiente para desbancar o tradicional PP.
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