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Terrorismo

- Publicada em 24 de Abril de 2019 às 03:00

Ataques no Sri Lanka foram represália a massacre na Nova Zelândia

Os atentados que causaram 310 mortes no Sri Lanka no domingo de Páscoa foram em resposta ao massacre em duas mesquitas na Nova Zelândia em março, afirmou ontem o governo do país asiático, por meio de Ruwan Wijewardene, ministro da Defesa do país.
Os atentados que causaram 310 mortes no Sri Lanka no domingo de Páscoa foram em resposta ao massacre em duas mesquitas na Nova Zelândia em março, afirmou ontem o governo do país asiático, por meio de Ruwan Wijewardene, ministro da Defesa do país.
Os ataques na Nova Zelândia foram realizados em 15 de março. Um homem armado invadiu duas mesquitas e matou 50 pessoas. O atirador foi preso pela polícia e publicou um manifesto, no qual defende ideias supremacistas brancas e questiona a presença de muçulmanos em países da Europa.
Também ontem, o grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque, via agência de notícias Amaq, ligada ao grupo. "Os autores dos ataques contra os cidadãos do países da coalizão (anti-EI) e os cristãos no Sri Lanka de anteontem são combatentes do EI", afirmou o grupo. No entanto, não foram apresentadas evidências da participação.
Para o governo do Sri Lanka, o atentado foi realizado pelo grupo local NTJ (National Thowheeth Jama'ath), com apoio do movimento radical islamita JMI (Jammiyathul Millathu Ibrahim), da Índia. Ambos os grupos são pouco conhecidos e não reivindicaram a autoria das explosões. O governo do Sri Lanka, no entanto, considera que pode ter havido ajuda de outros grupos terroristas estrangeiros. O primeiro-ministro do país, Ranil Wickremesinghe, disse acreditar que os ataques possuem ligação com o EI.
Agentes do FBI ajudam nas investigações dos atentados. Membros do setor de inteligência do governo dos EUA ouvidos pela agência Reuters disseram que os ataques trazem elementos geralmente usados pelo Estado Islâmico, mas chamam a atenção para o fato de que o grupo demorou a se pronunciar. O EI costuma ser rápido ao reivindicar sua participação em ataques contra alvos estrangeiros ou grupos religiosos, mesmo que não tenha se envolvido nas ações, disseram esses agentes. Até agora, o governo prendeu cerca de 40 pessoas na investigação.
Realizados com homens-bomba, os ataques atingiram três igrejas e sete hotéis. O porta-voz da polícia, Ruwan Gunasekara, solicitou que a população "mantenha-se em alerta máximo", já que há indícios de que ainda pode haver "um caminhão e uma caminhonete lotados com explosivos" em alguma parte do país.
 

Arábia Saudita executa 37 pessoas acusadas de atos terroristas

As autoridades da Arábia Saudita informaram ontem que 37 pessoas acusadas de terrorismo foram executadas - uma delas crucificada -, dois dias depois de um ataque terrorista frustrado ter tido autoria reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
O Ministério do Interior anunciou que as execuções aconteceram depois que o Tribunal de Apelação, o Tribunal Supremo e um decreto real confirmaram as penas. De acordo com a nota, as pessoas executadas foram condenadas por crimes como adoção de ideologia extremista, formação de células terroristas, desestabilização da segurança, assassinato de soldados e traição por colaboração com entidades hostis ao reino saudita.
Ainda segundo a pasta, as execuções aconteceram nesta terça-feira nas cidades de Riad, Meca, Medina, Kassala, Al Qasim e Asir. O governo informou que todos os executados, que foram identificados no comunicado, eram sauditas. Um deles foi crucificado, uma modalidade de execução não muito comum nos últimos anos e reservada aos autores de crimes considerados extremamente graves.