Eleito de maneira esmagadora no segundo turno do pleito presidencial da Ucrânia, o comediante Volodimir Zelenski recebeu congratulações de líderes como o norte-americano Donald Trump e o francês Emmanuel Macron. Mas não receberá telefonema algum de seu mais importante vizinho, o russo Vladimir Putin. "É muito cedo para falar disso (congratulações do presidente da Rússia), assim como falar sobre possibilidades de trabalharem juntos. Só será possível julgar (Zelenski) a partir de suas ações", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, segundo a agência russa Tass.
Com quase 100% dos votos contados, Zelenski amealhou 73,2% das preferências do eleitorado. Derrotou o presidente Petro Porochenko, líder que havia subido ao poder em 2014 e que teve apenas 24,5% dos votos.
A Rússia é o desafio mais evidente de Zelenski, mas nem de longe é o único, a começar pela difícil situação econômica do país. Em 2014, o antecessor de Porochenko, o pró-Kremlin Viktor Ianukovitch, foi derrubado por forças apoiadas por governos ocidentais. A nova gestão em Kiev moveu-se de forma mais decisiva rumo à Europa, o que não é considerado aceitável pela elite política russa.