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Internacional

- Publicada em 01 de Abril de 2019 às 13:46

Japão anuncia que nova era imperial vai se chamar Reiwa

Atual imperador do país, Akihito será sucedido por seu filho Naruhito a partir de maio

Atual imperador do país, Akihito será sucedido por seu filho Naruhito a partir de maio


ANDREW COWIE/AFP/JC
O governo japonês anunciou nesta segunda-feira (1º) que o nome da nova era que acompanhará o reinado do imperador Naruhito é Reiwa.
O governo japonês anunciou nesta segunda-feira (1º) que o nome da nova era que acompanhará o reinado do imperador Naruhito é Reiwa.
A nova era começará no dia 1º de maio, quando Naruhito assumirá o trono no lugar do pai, Akihito, o primeiro imperador a abdicar em mais de 200 anos no país.
Segundo a tradição japonesa, o reinado de cada imperador recebe um nome diferente. Foi assim quando Akihito assumiu o poder em janeiro de 1989 após a morte do pai (Hirohito), dando início à era Heisei ("a paz prevalece em todas as partes"), que agora sera substituída pela Reiwa.
Os dois ideogramas que formam o nome da nova era podem significar "agradável" ou "ordem" e "harmonia" ou "paz".
"Significa o nascimento de uma civilização na qual reina uma harmonia entre os seres", explicou em uma entrevista coletiva o primeiro-ministro ShinzoAbe. Ainda não foi anunciada de maneira oficial a versão no alfabeto latino para o novo nome.
O especialista em literatura japonesa Ryan Shaldjian Morrison, da Universidade de Nagoya, propõe como tradução "venerável harmonia".
O termo foi baseado em uma antologia de poemas japoneses chamada "Manyoshu", que tem 1.200 anos. "É a primeira vez que se usa um termo procedente de textos japoneses e não chineses", afirmou Abe.
O nome de uma era obedece regras rígidas: deve estar composto apenas por dois "kanjis", ser fácil de ler e escrever, e não deve utilizar nomes comuns nem o primeiro caractere de nenhuma das últimas quatro eras: Heisei, Showa, Taisho e Meiji.
Para evitar vazamentos, o painel responsável pela escolha do nome permaneceu trancado em uma sala especial do gabinete do primeiro-ministro e os telefones foram confiscados.
Nesta segunda-feira (1º) foram ouvidas, em uma última etapa, as opiniões dos presidentes e vice-presidentes das duas Câmaras do Parlamento, antes da decisão final de um conselho extraordinário de ministros.
Esta foi a segunda vez na história que o governo decidiu o nome da era, seguindo o que define a Constituição de 1947, na qual tudo que envolve a Casa Imperial é determinado pelo governo e o monarca tem apenas o papel de "símbolo do Estado e de unidade do povo".
Os canais de TV exibiram programas especiais e os jornais prepararam edições extras dedicadas ao acontecimento histórico.
Akihito, 85 anos, abdicará quase três anos depois de ter anunciado a intenção de deixar a função em vida, em agosto de 2016. A lei sobre a Casa Imperial não prevê a abdicação e apenas a morte do imperador abre o caminho para a sucessão.
Por isso, foi aprovada uma lei excepcional para permitir a abdicação de Akihito e o governo decidiu que o nome da era seria anunciado um mês antes, em uma tentativa de facilitar a transição.
Folhapress
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