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Internacional

- Publicada em 25 de Março de 2019 às 01:00

Donald Trump reconhece Colinas de Golã como território de Israel

Presidente dos EUA anunciou medida na Casa Branca, ao lado de Netanyahu

Presidente dos EUA anunciou medida na Casa Branca, ao lado de Netanyahu


SAUL LOEB/AFP/JC
Ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu ontem as Colinas de Golã como território israelense, na contramão da política externa norte-americana para a questão nas últimas décadas.

Ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu ontem as Colinas de Golã como território israelense, na contramão da política externa norte-americana para a questão nas últimas décadas.

O anúncio foi feito em meio a um ataque com foguetes contra Israel atribuído ao Hamas, que obrigou Netanyahu a encurtar a visita aos EUA e às vésperas das eleições gerais em Israel. O movimento islâmico nega a autoria do lançamento. O artefato atingiu uma casa em Mishmeret, ao Norte de Tel-Aviv. As vítimas são quatro adultos e três crianças, incluindo um bebê de seis meses e uma criança de três anos, e estão internadas, segundo o hospital Kfar Sab. Os atingidos sofreram queimaduras e ferimentos leves, e seis deles fazem parte da mesma família.

As Colinas de Golã pertencem à Síria e foram ocupadas pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967, juntamente com a Península do Sinai, que seria devolvida ao Egito nos anos 1970, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a última desocupada em 2005. Golã foi formalmente anexado a Israel em 1981. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) diz que Israel deve se retirar dos territórios.

Historicamente, o governo norte-americano e a ONU dizem que o território israelense e as fronteiras de um futuro Estado palestino devem ser definidos por meio de negociações. Após os Acordos de Oslo, de 1992, que instituíram a Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre áreas da Cisjordânia, no entanto, o processo não avançou. No governo do presidente Barack Obama, as negociações fracassaram de vez, após anos de idas e vindas. Com um discurso agressivo, Trump encarregou seu genro, Jared Kushner, de reiniciar o processo, até agora sem avanços práticos.

Desde a anexação de Golã, aumentou a instalação de colonos israelenses no território, o que tem provocado o protesto da Síria, de líderes palestinos e de países árabes em fóruns internacionais. "O que o amanhã trará? Instabilidade e mais derramamento de sangue", afirmou o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, veterano negociador de um acordo de paz com os israelenses.

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