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Venezuela

- Publicada em 03 de Março de 2019 às 01:00

Guaidó convoca manifestações em todo o país

No Equador, opositor recebeu o apoio do presidente Lenín Moreno (d)

No Equador, opositor recebeu o apoio do presidente Lenín Moreno (d)


/RODRIGO BUENDIA/AFP/JC
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou, via redes sociais, manifestações em todo o país, a serem realizadas nesta segunda-feira, a partir das 11h (12h de Brasília), e na terça. De passagem pelo Equador, o opositor ao regime do presidente Nicolás Maduro encerrou no domingo um giro pela América do Sul. Nos últimos dias, ele esteve também na Colômbia, no Brasil, no Paraguai e na Argentina.
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou, via redes sociais, manifestações em todo o país, a serem realizadas nesta segunda-feira, a partir das 11h (12h de Brasília), e na terça. De passagem pelo Equador, o opositor ao regime do presidente Nicolás Maduro encerrou no domingo um giro pela América do Sul. Nos últimos dias, ele esteve também na Colômbia, no Brasil, no Paraguai e na Argentina.
Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, Guaidó retorna à Venezuela após ter desobedecido uma ordem do Tribunal Supremo de Justiça, alinhado a Maduro, que o proibia de deixar o território nacional. Por segurança, não informou detalhes sobre como pretendia retornar à Venezuela, nem o momento exato de sua chegada. Em janeiro, o deputado opositor chegou a ser detido por agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) por uma hora.
Em território equatoriano, Guaidó reiterou que os venezuelanos precisam do apoio internacional para restaurar a democracia e conquistar a liberdade em seu país, e recebeu o apoio do presidente Lenín Moreno. "Estamos no caminho para sair deste abismo. O povo equatoriano sente a tragédia vivida pelo povo venezuelano", disse Moreno. Guaidó reafirmou que sua determinação se sustenta na "luta por valores fundamentais e essenciais". Segundo o opositor, o esforço é para promover "uma transição pacífica e cooperação saudável". A meta, de acordo com ele, baseia-se em "democracia, liberdade e um período de prosperidade".
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil externou preocupação com a segurança do político venezuelano. "Que os direitos e a segurança do presidente Guaidó e de seus familiares e assessores sejam plenamente respeitados por aqueles que ainda controlam o aparato de repressão do regime", diz o texto.
As circunstâncias do retorno de Guaidó a seu país estão nebulosas. Em entrevista à TV norte-americana ABC, Maduro sugeriu que o opositor poderia ser preso ao regressar. "Ele pode sair e voltar, mas terá que dar explicações à Justiça, porque foi proibido de deixar o país. Ele tem que respeitar as leis."
O líder da oposição venezuelana tem dito que gostaria de chegar em Caracas pelo aeroporto de Maiquetía, e não em uma travessia clandestina pela fronteira da Colômbia, como fez para ir a Cúcuta, no dia 23 de fevereiro. Para o governo dos EUA, uma eventual prisão de Guaidó poderia precipitar um "desfecho perigoso" para a crise que acomete a Venezuela.
 

Morre terceiro indígena ferido em conflito com militares na fronteira com o Brasil

O indígena venezuelano Jorge Javier Gonzalez Parra, de 40 anos, morreu neste domingo no Hospital Geral de Roraima, onde estava internado desde 23 de fevereiro. Ele foi a terceira vítima do confronto entre indígenas da comunidade San Francisco de Yuruaní e venezuelanos no dia 22 de fevereiro, quando o presidente Nicolás Maduro determinou o fechamento da fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Parra chegou ao hospital com traumatismo craniano grave. A causa da morte foi choque neurogênico, segundo o hospital.
No sábado, havia morrido Rolando Garcia Martinez, de 52 anos, baleado durante o confronto na fronteira do Brasil com a Venezuela, ocorrido após o bloqueio militar na região para impedir a entrada de medicamentos e ajuda humanitária do exterior. Martinez encontrava-se em estado grave e respirava com a ajuda de aparelhos, internado na UTI do Hospital Geral de Roraima.
A primeira morte, de Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, foi comunicada pelo governo roraimense no dia 27 de fevereiro. O jovem teve falência múltipla de órgãos devido a complicações provocadas por ferimentos a bala.