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Internacional

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Itamaraty organiza retirada de brasileiros na Venezuela

Militares brasileiros orientam venezuelanos junto à fronteira

Militares brasileiros orientam venezuelanos junto à fronteira


/NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O Itamaraty passou a procurar, desde sábado, brasileiros residentes na Venezuela para saber se há interesse em obter ajuda para deixar o país. "Em caso de agravamento da situação política na Venezuela, teria interesse em retornar ao Brasil, caso o governo brasileiro venha a oferecer meios de transporte?", indaga, em um formulário. Há também perguntas sobre quantidade de dependentes e endereço completo.
O Itamaraty passou a procurar, desde sábado, brasileiros residentes na Venezuela para saber se há interesse em obter ajuda para deixar o país. "Em caso de agravamento da situação política na Venezuela, teria interesse em retornar ao Brasil, caso o governo brasileiro venha a oferecer meios de transporte?", indaga, em um formulário. Há também perguntas sobre quantidade de dependentes e endereço completo.
O questionário, classificado como um alerta, tem sido enviado por e-mail e também disponibilizado no site do consulado do Brasil em Caracas. A assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que a estimativa de brasileiros na Venezuela permanece em torno de 13 mil - a mesma de um mês atrás.
Dos 1,9 mil que responderam ao questionário, cerca de 600 manifestaram interesse em repatriação se a situação se deteriorar. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou aguardar novos contatos para então, eventualmente, executar um plano de retirada.
O Itamaraty também está atuando para que brasileiros que estavam em Santa Elena do Uairén, lado venezuelano da fronteira, no momento do fechamento da passagem, decretado na quinta-feira, possam retornar ao Brasil. De acordo com o MRE, há, nesse grupo, caminhoneiros e turistas que estavam na trilha do Monte Roraima, além de brasileiros que estavam no lado venezuelano por outros motivos.
Um grupo de turistas dormiu no chão do vice-consulado em Santa Elena na madrugada de ontem. As tratativas com as autoridades venezuelanas estão sendo feitas pelo órgão. Segundo o Itamaraty, na segunda-feira, 30 brasileiros cruzaram de volta a fronteira.
No sábado, o consulado emitiu "aviso importante" em que "alerta aos cidadãos brasileiros residentes na Venezuela sobre os riscos decorrentes da atual situação, e recomenda que evitem as áreas de conflito e limitem a sua mobilidade ao estritamente necessário". "O consulado-geral recomenda, também, aos turistas brasileiros que evitem viajar à Venezuela neste momento e enquanto perdurar a situação."
Em reunião do Grupo de Lima, realizada na segunda-feira, em Bogotá, os participantes descartaram intervir militarmente na Venezuela. No texto, o grupo de 14 países da região, entre eles, o Brasil, afirma que uma transição democrática deve ser conduzida "pacificamente pelos próprios venezuelanos", com apoio de meios políticos e diplomáticos, e "sem o uso da força". O presidente da Bolívia, Evo Morales, elogiou a declaração do Grupo de Lima que defendeu a transição pacífica.
O comandante do Exército do Brasil, general Edson Leal Pujol, considerou "prudente" a decisão das nações pela não intervenção militar. "É óbvio (que foi prudente). Todos nós queremos a paz, ninguém quer confusão, ainda mais envolvendo dois países", respondeu Pujol a jornalistas após encontro na manhã de ontem com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Dos países da região, a maioria apoia o governo interino de Juan Guaidó. Porém, Bolívia e Cuba se manifestaram a favor do presidente Nicolás Maduro, enquanto México e Uruguai optaram pela neutralidade. Na reunião em Bogotá, os líderes presentes apelaram para que mais países respaldem a legitimidade de Guaidó.
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