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Internacional

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2019 às 02:10

Confrontos entre manifestantes e forças venezuelanas na fronteira causam duas mortes

Incidente começou entre dezenas de manifestantes venezuelanos concentrados do lado brasileiro

Incidente começou entre dezenas de manifestantes venezuelanos concentrados do lado brasileiro


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O governo de Roraima informou neste sábado (23) que dois venezuelanos morreram em confrontos em uma área perto da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde o início do dia, o clima é de tensão na região fronteiriça. 
O governo de Roraima informou neste sábado (23) que dois venezuelanos morreram em confrontos em uma área perto da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde o início do dia, o clima é de tensão na região fronteiriça. 
Um confronto entre opositores e militares venezuelanos na linha fronteiriça teve pedras, coquetel molotov, gás lacrimogêneo e ao menos um ferido no final da tarde deste sábado. Um porta-voz do Exército brasileiro disse que foi uma "pequena rusga na fronteira".
Forças de segurança venezuelanas bloqueiam a entrada de ajuda humanitária e manifestantes protestam para a entrada de alimentos e remédios no país.
De acordo com nota da Secretaria de Saúde de Roraima, cinco venezuelanos, feridos por armas de fogo, receberam os primeiros atendimentos em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. O estado de saúde dos feridos é grave e eles foram elevados para o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
Desde essa sexta-feira (22), o hospital recebeu nove pacientes feridos nos conflitos em uma cidade a cerca de 70 quilômetros da fronteira com o Brasil. Um dos paciente teve traumatismo craniano e outro lesão no tórax por arma de fogo. Um paciente, em estado grave, respira com ajuda de aparelhos.No total, 16 venezuelanos foram atendidos em hospitais públicos do estado.
O incidente foi iniciado por algumas dezenas de manifestantes venezuelanos concentrados do lado brasileiro, alguns deles alcoolizados. Eles queimaram uma base de vigilância e lançaram pedras e coquetéis molotov contra militares venezuelanos.
As forças do regime de Nicolás Maduro reagiram lançando pedras de volta e bombas de gás lacrimogêneo. Houve sons de tiro, mas ninguém foi alvejado. Algumas pessoasestavam postadas na base das duas bandeiras que marcam a linha de fronteira. Um manifestante foi socorrido desacordado.
Após o incidente, o coronel brasileiro Jacaúna de Souza disse a jornalistas que foi "foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo. Esperamos que isso não fique assim. Que alguma coisa seja feita pelo nosso governo".
Questionado se considerava o incidente um ataque, respondeu que houve uma "pequena rusga na fronteira": "A fronteira está reforçada, protegida. Não existe mínima possibilidade de sermos invadidos."Em entrevista à TV Globo, o coronel Souza disse que os militares venezuelanos também fizeram disparos com munição real contra os manifestantes.
Em uma demonstração de força, o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, impediu neste sábado (23) a entrada de toneladas de alimentos, remédios e itens de primeira necessidade enviados pelos EUA pelas fronteiras de Brasil e Colômbia.
Com Folhapress e Agência Brasil 
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