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Internacional

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Brasil instalará centro de ajuda em Roraima

María Teresa foi nomeada pelo presidente interino Juan Guaidó

María Teresa foi nomeada pelo presidente interino Juan Guaidó


/SÉRGIO LIMA/AFP/JC
Representantes do presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, afirmaram ontem que tiveram sinal verde do Itamaraty para montar um centro de ajuda humanitária em Roraima, de onde vão partir medicamentos e mantimentos para a Venezuela. Eles se reuniram com o chanceler Ernesto Araújo, em Brasília, e combinaram uma visita conjunta, nos próximos dias, à fronteira entre os países. Não foi definido que materiais específicos o Brasil remeterá à Venezuela, nem quando, de fato, a ajuda será iniciada.
Representantes do presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, afirmaram ontem que tiveram sinal verde do Itamaraty para montar um centro de ajuda humanitária em Roraima, de onde vão partir medicamentos e mantimentos para a Venezuela. Eles se reuniram com o chanceler Ernesto Araújo, em Brasília, e combinaram uma visita conjunta, nos próximos dias, à fronteira entre os países. Não foi definido que materiais específicos o Brasil remeterá à Venezuela, nem quando, de fato, a ajuda será iniciada.
A embaixadora venezuelana María Teresa Belandria, nomeada por Guaidó, afirmou que terá uma reunião nos próximos dias com os ministros brasileiros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Saúde, Henrique Mandetta, para detalhar as ações, em um grupo de trabalho. Ao sair da reunião com Araújo, disse que foi recebida oficialmente como embaixadora da Venezuela no Brasil. Ela entregou as cartas credenciais ao chanceler - em geral, o presidente da República é quem recebe os diplomatas no Palácio do Planalto. O Itamaraty havia reconhecido Guaidó como presidente de fato, e não a reeleição do presidente Nicolás Maduro.
"O governo do Brasil se comprometeu com o presidente interino, Juan Guaidó, a dar todo o apoio possível para o estabelecimento, talvez ao final desta mesma semana, de um centro de ajuda humanitária e de um centro de distribuição, para fazer chegar aos venezuelanos a ajuda humanitária que estão necessitando", destacou a embaixadora. Entre os materiais priorizados estão medicamentos para câncer, coração, diabetes e para pessoas que precisam de diálise.
María Teresa também reafirmou estar fora dos planos da oposição que Maduro não deixe o poder e destacou a importância do apoio político por parte do Brasil. Ela disse que não vai fazer diplomacia tradicional e que pretende ir ao encontro dos venezuelanos em solo brasileiro. "Estamos muito felizes com o governo do Brasil, que tem sido o aliado mais forte do governo Guaidó."
O recrudescimento dos conflitos internos no país vizinho e o aumento do fluxo ao Brasil são, hoje, a principal preocupação das Forças Armadas brasileiras. Até a semana passada, o Ministério da Defesa não tinha nenhuma nova frente de trabalho para ampliar o modo de ajuda humanitária.
O Brasil deve participar do apoio aos venezuelanos por meio de instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), e não unilateralmente. María Teresa agradeceu nominalmente ao presidente Jair Bolsonaro por atender refugiados abrigados em Pacaraima e Boa Vista, evitando que os abrigos entrem em colapso.
O deputado do partido Vontade Popular Lester Toledo classificou como usurpadores os integrantes do regime que não liberam a passagem de mantimentos enviados pelos Estados Unidos e apelou aos militares para que permitam a entrada de ajuda humanitária, já barrada em Cúcuta, na Colômbia. "O governo vai nos ajudar muito com um centro de distribuição e estoque, logística e transporte", afirmou Toledo.
"Não é só uma operação do governo dos Estados Unidos, como tem sido dito. Há outros países e há empresas privadas brasileiras. Inclusive, há uma campanha nas redes sociais dizendo que a comida está envenenada, que são medicamentos que vão matar. Estão semeando o terror. É perverso, é criminoso. Como dizer a um paciente de câncer com dor que o medicamento não vai chegar?", afirmou María Teresa.
No domingo, o coronel do Exército da Venezuela Rubén Alberto Paz Jiménez manifestou apoio a Guaidó e exortou seus companheiros de armas a permitirem a entrada da ajuda humanitária por Cúcuta, que Maduro está bloqueando.
 
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