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Internacional

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Exército bloqueia entrada de ajuda humanitária pela Colômbia

Militares colocaram contêiner na ponte entre Cúcuta e Ureña

Militares colocaram contêiner na ponte entre Cúcuta e Ureña


/RAUL ARBOLEDA/AFP/JC
Os apelos feitos pelo presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, para que os militares refletissem sobre a situação do país e não tentassem impedir a entrada de ajuda humanitária, não funcionaram. Ontem, segundo denunciou o deputado opositor Franklyn Duarte, o Exército da Venezuela bloqueou com um tanque de transporte de combustível e um contêiner a ponte fronteiriça de Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, por onde esperava-se a entrada de alimentos e remédios enviados pelos Estados Unidos.
Os apelos feitos pelo presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, para que os militares refletissem sobre a situação do país e não tentassem impedir a entrada de ajuda humanitária, não funcionaram. Ontem, segundo denunciou o deputado opositor Franklyn Duarte, o Exército da Venezuela bloqueou com um tanque de transporte de combustível e um contêiner a ponte fronteiriça de Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, por onde esperava-se a entrada de alimentos e remédios enviados pelos Estados Unidos.
Os materiais enviados a Cúcuta ficarão armazenados até que possam ser entregues à população. No entanto, não está claro como a entrada da ajuda acontecerá sem a autorização do presidente Nicolás Maduro e sem a cooperação dos militares venezuelanos, que, até agora, têm se mantido leais ao regime, salvo exceções.
A Venezuela vive uma grave crise econômica, com hiperinflação, desnutrição de parte da população por falta de alimentos e colapso do sistema de saúde, que causou emigração em massa - mais de 2,3 milhões deixaram o país desde 2015, segundo a ONU.
O braço venezuelano da organização internacional Cruz Vermelha, que tem experiência em operações humanitárias, informou que não foi notificada sobre as condições de entrega da ajuda nem sabe no que ela consiste. O presidente da organização, Mario Villarroel, disse que ela não vai participar da entrega: "não é nossa função".
O governo do presidente Donald Trump, que não descarta uma ação armada na Venezuela, ofereceu uma ajuda inicial de US$ 20 milhões; o Canadá, de US$ 40 milhões; e a Comissão Europeia, de outros 5 milhões - uma "esmola", segundo o governo venezuelano.
Em seu discurso ao Congresso sobre o Estado da União, na terça-feira, Trump reafirmou seu apoio "ao povo venezuelano" e condenou "a brutalidade do regime de Maduro". O líder venezuelano acusa o governo norte-americano - com o qual rompeu relações diplomáticas - de usar Guaidó como "fantoche" para derrubá-lo e se apropriar do petróleo venezuelano, e os países europeus, de apoiarem esses "planos golpistas".
Fortalecido com o reconhecimento de 20 governos europeus, que se soma aos de EUA, Canadá e 12 países latino-americanos, Guaidó vem pedindo aos militares e ao governo chavista que liberem a entrada de ajuda humanitária no país para aliviar os efeitos da crise.
 
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