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Internacional

- Publicada em 31 de Janeiro de 2019 às 01:00

Nos EUA, -40°C; na Argentina, 37°C

Pelo menos dez pessoas já morreram em decorrência do frio

Pelo menos dez pessoas já morreram em decorrência do frio


/SCOTT OLSON/AFP/JC
Se na América do Norte uma gigantesca massa de ar polar que se desprendeu do Ártico levou temperaturas de até -40°C ao Meio-Oeste dos Estados Unidos, no Sul do continente, a Argentina, por exemplo, enfrenta uma onda de calor com temperaturas de até 37°C, com sensação térmica de até 45°C.
Se na América do Norte uma gigantesca massa de ar polar que se desprendeu do Ártico levou temperaturas de até -40°C ao Meio-Oeste dos Estados Unidos, no Sul do continente, a Argentina, por exemplo, enfrenta uma onda de calor com temperaturas de até 37°C, com sensação térmica de até 45°C.
No Brasil, não é diferente. A cidade do Rio de Janeiro registrou ontem 42°, com sensação térmica de 47°. Dados computados pelo Instituto Nacional de Meteorologia indicam que o mês de janeiro foi o mais quente dos últimos 97 anos na cidade.
Acostumados a um clima mais ameno, os argentinos definem a temperatura atual como insuportável. Garrafas de água gelada e até guarda-chuvas para se proteger do sol tornaram-se companheiros inseparáveis neste mês de extremos. "Nunca fez tanto calor assim. Claro que o verão é quente, mas não tanto", afirmou Jorge Gallardo, enquanto buscava refúgio do sol em um ponto de ônibus. "Para mim, é culpa das mudanças climáticas."
Além do calor, a umidade do ar - que, em Buenos Aires, supera os 60% - incomoda bastante. "Se o clima fosse mais seco, seria mais suportável", disse Gallardo.
A temperatura alta também provoca, na Argentina, cortes de energia, em virtude do elevado consumo de luz com aparelhos de ar-condicionado e da infraestrutura sobrecarregada do sistema. A prefeitura da capital enviou alertas para os cuidados com a saúde na onda de calor, que envolvem poupar-se de exercícios físicos.
Já nos Estados Unidos, a rotina de cuidados é a mesma, com a temperatura no outro extremo dos termômetros. A água gelada e os guarda-sóis dão lugar a agasalhos pesados, bebidas quentes e máquinas de limpar neve. Escolas fecharam, e moradores foram orientados a não sair para a rua.
Nas grandes cidades, os moradores de rua são os que mais sofrem. "Estou com frio e com medo", diz Tony Neeley, que vive em Chicago, enquanto pedia dinheiro para tentar alugar um quarto de hotel para passar a noite. Ele teme ir para um abrigo da prefeitura. "As pessoas não entendem. A gente tem medo dos abrigos por causa das pulgas e dos roubos", explicou. "Mas tenho muito frio, e essas são as únicas roupas que temos".
Ao menos dez pessoas morreram até a manhã desta quinta-feira em decorrência da onda de frio extremo que, segundo estimativas, submeteu sete em cada dez norte-americanos a temperaturas congelantes. Estre os mortos estão um homem que desmaiou após retirar neve e congelou na garagem de sua casa, em Milwaukee, Wisconsin. Em Iowa, quatro pessoas morreram nesta semana, entre elas um estudante universitário. A temperatura estimada na hora de sua morte era de -29°C, segundo o serviço climático nacional.
Em Minneapolis, os termômetros marcaram mínimas de -33°C, com sensação térmica alcançando -47°C. Milwaukee registrou -28°C, e Fargo, na Dakota do Norte, teve -36°C. Com essas condições, o caos tomou conta do transporte aéreo. Mais de 4,8 mil voos foram cancelados entre esta quarta e quinta-feira, segundo o site FlightAware.com. Desses, mais de 3,5 mil partiam ou tinham como destino Chicago.
 
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