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Internacional

- Publicada em 29 de Janeiro de 2019 às 01:00

Theresa May recebe aval para renegociar Brexit

A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou ontem duas emendas ao acordo para o Brexit apresentado pela primeira-ministra Theresa May e aprovado pela União Europeia (UE). Uma delas trata do ponto mais delicado do texto, exigindo que o "backstop" na divisa entre a Irlanda e a Irlanda do Norte seja substituído por "arranjos alternativos para evitar uma fronteira 'dura'".
A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou ontem duas emendas ao acordo para o Brexit apresentado pela primeira-ministra Theresa May e aprovado pela União Europeia (UE). Uma delas trata do ponto mais delicado do texto, exigindo que o "backstop" na divisa entre a Irlanda e a Irlanda do Norte seja substituído por "arranjos alternativos para evitar uma fronteira 'dura'".
Embora tenha sido considerada "vaga" por muitos parlamentares, a emenda teve 317 votos a favor e 301 contra. Sua aprovação foi considerada uma vitória para May, que havia pedido que os membros de seu partido, o Conservador, votassem a favor. Com isso, ela poderá renegociar os termos da saída do país da UE, prevista para o dia 29 de março.
A outra emenda aprovada foi vista como uma derrota para a premiê. Por 318 votos a favor e 310 contra, ela "rejeita que o Reino Unido deixe a União Europeia sem um acordo de retirada e um marco para o futuro relacionamento". No entanto, esta é apenas uma emenda consultiva, não tendo força de lei e servindo como uma forma de pressão política.
Das 19 emendas apresentadas, apenas sete foram encaminhadas para votação, e as cinco primeiras foram rejeitadas, incluindo duas que pediam a extensão do Artigo 50, o que adiaria o prazo do Brexit. Agora, May deve apresentar um novo projeto de acordo ao Parlamento. Caso este seja aprovado, ela volta a Bruxelas para tentar uma nova negociação com os membros da UE.
Após a votação, a premiê afirmou que os resultados mostram que o Parlamento não quer um Brexit sem acordo, no que ela concorda. May se comprometeu a apresentar um acordo que consiga apoio e chamou o líder da oposição, Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, para dialogar.
No entanto, a resposta da União Europeia veio rapidamente, e não é animadora para os britânicos. Em comunicado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que "o backstop faz parte do acordo de retirada e não está aberto para renegociação". O termo, que significa algo como rede de proteção, é uma garantia de que mesmo com a concretização do Brexit sem um acordo geral com a União Europeia, a fronteira entre as Irlandas continuará funcionando "sem fricção", não prejudicando, portanto, a integração econômica e social.
Em 15 de janeiro, a Câmara dos Comuns o acordo que May costurou com os líderes europeus em novembro de 2018. A enorme rejeição (432 votos contra e apenas 202 a favor) deixou o Reino Unido mais perto da ameaça de abandonar o bloco sem um acordo.
 
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