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Internacional

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 13:07

Rússia alerta para 'banho de sangue' na Venezuela

Kremlin é um dos aliados do regime de Nicolás Maduro

Kremlin é um dos aliados do regime de Nicolás Maduro


YURI CORTEZ/AFP/JC
A Rússia alertou nesta quinta-feira (24) que o reconhecimento do deputado Juan Guaidó como presidente da Venezuela pelos Estados Unidos pode levar a um "banho de sangue" no país da América Latina. O Kremlin é um dos principais aliados do regime do ditador Nicolás Maduro.
A Rússia alertou nesta quinta-feira (24) que o reconhecimento do deputado Juan Guaidó como presidente da Venezuela pelos Estados Unidos pode levar a um "banho de sangue" no país da América Latina. O Kremlin é um dos principais aliados do regime do ditador Nicolás Maduro.
Em nota, a Chancelaria russa afirmou que os eventos na Venezuela estão atingindo um ponto perigoso e que Washington demonstrou desrespeito pela lei internacional. "Isto é uma via direta para a anarquia e o banho de sangue", afirmou a nota.
Moscou alertou ainda os EUA a não realizarem uma intervenção militar na Venezuela, afirmando que tal ação poderia levar uma catástrofe. Em outra declaração, o Kremlin afirmou em nota que continua a respaldar Maduro e que tentativas de usurpar o poder na Venezuela violam a lei internacional.
O Brasil, em conjunto com 12 países da região, reconheceu nessa quarta-feira (23) Guaidó, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, como líder interino do país pouco depois de o deputado se proclamar presidente durante manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas para protestar contra Maduro.
A Venezuela cortou relações diplomáticas com os EUA e determinou que os funcionários americanos deixem o país em 72 horas.
Em entrevista com o jornal russo International Affairs publicada nesta quinta, Sergei Ryabkov, vice-chanceler russo, disse que Moscou se solidariza com a Venezuela em defesa de sua soberania e em defesa do princípio de não intervenção em seus assuntos domésticos. Não ficou claro quando a entrevista foi feita.
Questionado sobre uma eventual intervenção militar americana no país latino-americano, Ryabkov disse que Washington deveria ficar de fora. "Alertamos contra isso. Consideramos que seria um cenário catastrófico que balançaria as bases do modelo de desenvolvimento que vemos na América Latina."
"A Venezuela é um país amigo e nosso parceiro estratégico", afirmou ainda, sem citar Maduro. "Nós os apoiamos e continuaremos apoiando." Em outras declarações, parlamentares russos disseram que o apoio dos EUA a Guaidó equivale a um golpe de estado.
Também nesta quinta, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu um "diálogo" na Venezuela para evitar um "desastre" no país depois que o líder da oposição se declarou presidente interino. "O que esperamos é que o diálogo seja possível e evitar uma escalada que nos levaria a um tipo de conflito que poderia ser um desastre para o povo da Venezuela e para a região", afirmou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
"Os governos soberanos têm a possibilidade de decidir o que querem", disse Guterres sobre os reconhecimentos internacionais dados a Guaidó. "O que nos preocupa na situação da Venezuela é o sofrimento do povo da Venezuela", completou.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, pediu uma "solução política pacífica" para a Venezuela. "Esperamos que haja uma solução política pacífica, na qual haja um diálogo político que nos permita chegar a uma resposta que seja pacífica", disse Bachelet, em Davos.
Folhapress
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