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Internacional

- Publicada em 08 de Janeiro de 2019 às 01:00

Juiz foge para os EUA e promete expor corrupção na Venezuela

Sob desconfiança e protestos, Maduro toma posse nesta quinta-feira

Sob desconfiança e protestos, Maduro toma posse nesta quinta-feira


/YURI CORTEZ/AFP/JC
Um juiz do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano fugiu para os Estados Unidos para, segundo ele, não ser conivente com o juramento do presidente Nicolás Maduro, que tomará posse na quinta-feira para um segundo mandato. "Maduro não merece uma segunda oportunidade, uma vez que a eleição em que supostamente saiu eleito não foi uma eleição livre, não foi uma eleição competitiva", disse Christian Zerpa no domingo a uma emissora de TV de Orlando, na Flórida, onde se exilou.
Um juiz do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano fugiu para os Estados Unidos para, segundo ele, não ser conivente com o juramento do presidente Nicolás Maduro, que tomará posse na quinta-feira para um segundo mandato. "Maduro não merece uma segunda oportunidade, uma vez que a eleição em que supostamente saiu eleito não foi uma eleição livre, não foi uma eleição competitiva", disse Christian Zerpa no domingo a uma emissora de TV de Orlando, na Flórida, onde se exilou.
O juiz afirmou que vai colaborar com a Justiça dos EUA para revelar supostos casos de corrupção no círculo próximo de Maduro, bem como o controle exercido pelo regime chavista no TSJ. "Obviamente, sim (vai cooperar com os EUA). Estava consciente de que, ao vir aqui, isso, provavelmente, seria solicitado. Sabemos algumas coisas e, apesar de não termos provas documentais, temos provas testemunhais, coisas que escutamos, que vimos, algumas atitudes, e, obviamente, isso vamos dizer", disse.
Segundo o magistrado, "há pessoas do círculo presidencial que estão envolvidas com corrupção", afirmou, sem citar nomes. Além disso, "boa parte das decisões (do TSJ) é instruída do palácio presidencial de Miraflores. É um apêndice do Executivo", acrescentou Zerpa, indicando que decidiu se exilar porque temia por sua vida.
Ao anunciar a fuga do juiz, o tribunal informou que ele é investigado por "assédio sexual, atos lascivos e violência psicológica" contra funcionários de seu escritório. O presidente da corte, Maikel Moreno, afirmou que, diante de "repetidas queixas" de "conduta indecente e comportamento imoral", as autoridades iniciaram uma ação judicial contra Zerpa, que deixou a Venezuela acompanhado da esposa e da filha.
Zerpa militou no PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e é alvo de sanções financeiras aplicadas pelo Canadá. Ele foi nomeado pela antiga maioria parlamentar chavista em dezembro de 2015, alguns dias antes de a oposição assumir o controle da Assembleia Nacional, hoje esvaziada de poder pelo regime.
Maduro iniciará, nesta quinta-feira, um novo mandato de seis anos, após ser reeleito em 20 de maio do ano passado em uma votação boicotada e denunciada como uma fraude pela oposição. O pleito também não foi reconhecido pelos EUA, pela União Europeia e por vários países da América Latina.
 
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