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Internacional

- Publicada em 04 de Janeiro de 2019 às 01:00

Administração Trump entra no terceiro ano travada pelo Congresso

Presidente enfrenta paralisação parcial do governo há quase duas semanas

Presidente enfrenta paralisação parcial do governo há quase duas semanas


OLIVIER DOULIERY/AFP/JC
A segunda metade do mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem tudo para ser ainda mais conturbada que a primeira. Além de começar em meio a uma paralisação parcial que já dura quase duas semanas, terá um Congresso mais hostil. Nesta quinta-feira, os democratas assumiram o controle da Câmara dos Deputados dispostos a não fazer concessões. Além disso, nem entre os republicanos Trump tem apoio irrestrito.
A segunda metade do mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem tudo para ser ainda mais conturbada que a primeira. Além de começar em meio a uma paralisação parcial que já dura quase duas semanas, terá um Congresso mais hostil. Nesta quinta-feira, os democratas assumiram o controle da Câmara dos Deputados dispostos a não fazer concessões. Além disso, nem entre os republicanos Trump tem apoio irrestrito.
As últimas semanas já serviram de aperitivo para a nova dinâmica de poder que deve se instalar no Capitólio. Lideranças democratas deixaram claro que o presidente não terá a mesma facilidade para tocar sua agenda. O embate atual e que inaugura a nova era no Congresso se dá em torno do financiamento ao muro que o republicano quer construir na fronteira com o México. Trump quer recursos para construir a barreira, o que foi rejeitado pela oposição.
A construção do muro era promessa de campanha, mas o republicano dizia que o México pagaria pela obra. Recentemente, passou a justificar que o país vizinho estava arcando indiretamente com a obra, após a renegociação do acordo comercial que substituirá o Nafta - bloco formado por EUA, México e Canadá.
O impasse sobre o assunto deixa 25% do governo federal sem dinheiro, em uma paralisação parcial que entra no 13º dia. Para tentar desbloquear as conversas, Trump convidou, na quarta-feira, líderes do Congresso para uma reunião em uma sala de conferência localizada no porão da Casa Branca e usada por presidentes para lidar com crises domésticas ou ter discussões delicadas. Nenhum avanço ocorreu. Outra reunião está marcada para esta sexta-feira.
Enquanto isso, para tentar destravar o governo, os democratas pretendem fatiar a lei de financiamento ao governo. Em uma votação, ações com apoio bipartidário que financiariam agências como a Receita Federal e o Departamento de Interior até o final do ano fiscal, em setembro. Em outra, uma medida que estenderia o financiamento à segurança doméstica nos níveis atuais até 8 de fevereiro e incluiria US$ 1,3 bilhão para instalação de cercas, mas sem recursos para o muro de Trump - o que deve ser bloqueado no Senado, ainda sob controle republicano.
O financiamento ao muro não é o único tema a opor os dois lados. As pautas prioritárias da liderança democrata na Câmara incluem, por exemplo, direito a voto, financiamento de campanha eleitoral - uma das dores de cabeça atuais do presidente - e a exigência de que candidatos à presidência divulguem sua declaração de Imposto de Renda dos últimos três anos, algo que Trump se recusou a fazer voluntariamente em 2016.
 
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