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Internacional

- Publicada em 14 de Dezembro de 2018 às 01:00

Em depoimento, irmão de Macri nega suborno

Gianfranco prestou esclarecimentos ao juiz federal Claudio Bonadio

Gianfranco prestou esclarecimentos ao juiz federal Claudio Bonadio


RICARDO LORENZO/AFP/JC
O irmão do presidente argentino, Mauricio Macri, Gianfranco, que comanda o grupo empresarial da família, compareceu nesta quinta-feira diante do juiz federal Claudio Bonadio para depor, após ter sido citado por um delator em um suposto esquema conhecido como "cadernos da corrupção". O conteúdo do depoimento não foi divulgado. Na saída do tribunal, o empresário se dirigiu rapidamente aos jornalistas: "Nunca paguei subornos em minha vida. Quanto a meu pai, não sei, vocês precisam perguntar para ele".

O irmão do presidente argentino, Mauricio Macri, Gianfranco, que comanda o grupo empresarial da família, compareceu nesta quinta-feira diante do juiz federal Claudio Bonadio para depor, após ter sido citado por um delator em um suposto esquema conhecido como "cadernos da corrupção". O conteúdo do depoimento não foi divulgado. Na saída do tribunal, o empresário se dirigiu rapidamente aos jornalistas: "Nunca paguei subornos em minha vida. Quanto a meu pai, não sei, vocês precisam perguntar para ele".

Gianfranco e seu pai, Franco, fundador do Grupo Macri, são investigados pelo pagamento de propinas ao governo de Néstor Kirchner (2003-2007) para ganhar a concessão de construção e administração dos pedágios da rodovia Panamericana, estrada que liga Buenos Aires à Bolívia.

Franco, que também foi chamado para depor, não compareceu. Aos 88 anos, seus advogados alegaram que ele sofre de demência, falta de audição e problemas cardíacos. Os filhos, Gianfranco e Mauricio, nunca mantiveram relação muito boa com o pai, chamado por eles de autoritário. Isso foi uma das razões que levou o primogênito a deixar a carreira empresarial e a entrar na política, embora recentemente tenha se reconciliado com o pai.

Apesar disso, durante a eleição presidencial de 2015, Franco disse publicamente que preferia uma vitória de aliados da então presidente Cristina Kirchner (2007-2015) do que a de seu filho - que acabou eleito. A escolha, afirmou ele, era pragmática: os governos kirchneristas tinham sido bons para seus negócios.

Gianfranco e o pai foram intimados por Bonadio após serem citados pelo ex-diretor do Órgão de Controle de Concessões Viárias Claudio Uberti, que declarou que, durante o kirchnerismo, os empresários da família Macri fizeram vários acordos semelhantes com o governo.

O Grupo Macri atua em diversas áreas, principalmente nos setores de construção, automotriz e de coleta de lixo, e foi fundado por Franco, um imigrante italiano que chegou a ser um dos homens mais ricos da Argentina.

O "cadernos da corrupção" originou-se de denúncias feitas a partir das anotações do motorista do ex-ministro do Planejamento, Oscar Centeno. Ele registrou com nome, endereços, fotos e vídeos as entregas que acompanhava de bolsas de dinheiro de empresários para políticos. Devido ao escândalo, a legislação argentina, que não permitia o uso da delação premiada para casos políticos, foi alterada.

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