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Internacional

- Publicada em 13 de Dezembro de 2018 às 01:00

Premiê britânica sobrevive a voto de desconfiança do próprio partido

Ala que defende ruptura radical diz que primeira-minitra se apequenou

Ala que defende ruptura radical diz que primeira-minitra se apequenou


Tolga AKMEN/AFP/JC
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, saiu vitoriosa, na noite de ontem, de um desafio a sua condição de líder do Partido Conservador imposto por seus correligionários, o que lhe dá um alento após uma sequência de fracassos. Para derrubar a moção de desconfiança por 200 votos a 117, entretanto, a chefe de governo precisou dar uma cartada alta.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, saiu vitoriosa, na noite de ontem, de um desafio a sua condição de líder do Partido Conservador imposto por seus correligionários, o que lhe dá um alento após uma sequência de fracassos. Para derrubar a moção de desconfiança por 200 votos a 117, entretanto, a chefe de governo precisou dar uma cartada alta.
Em reunião com seu campo político, ela anunciou que não pretendia estar à frente da legenda em 2022, quando devem acontecer as próximas eleições gerais. Segundo a imprensa, a sinalização foi recebida com alívio pelos parlamentares mais ariscos a May e com tristeza pelos mais alinhados. Mas os dois lados teriam sido pegos de surpresa pela notícia.
A consulta sobre a liderança conservadora acontece sempre que um comitê do partido recebe no mínimo 48 cartas de parlamentares questionando a capacidade do atual chefe de seguir na posição. O responsável por esse colegiado afirmou, na manhã de ontem, que o piso numérico, equivalente a 15% da bancada, havia sido atingido.
No caso de May, o que um contingente robusto de colegas "tories" (como são conhecidos os conservadores britânicos) critica é a forma como ela conduziu as negociações com a União Europeia (UE) para o Brexit, o desligamento do Reino Unido do bloco continental.
O "divórcio" foi decidido em plebiscito em junho de 2016 e deve se concretizar em 29 de março de 2019. Uma fase de transição que em parte mantém intacto o status quo da relação vai até o fim de 2020 (com possibilidade de extensão).
Para a ala que defende uma ruptura mais radical com a UE, May se apequenou nas conversas com seus homólogos europeus e, com isso, o Reino Unido continuará submetido a normas e legislações coletivas.
O principal ponto de atrito é o dispositivo que prevê a instauração temporária de uma zona aduaneira reunindo UE e Reino Unido após o Brexit, caso não seja encontrada outra solução para o não fechamento da fronteira entre a República da Irlanda (que faz parte do bloco europeu) e a Irlanda do Norte (integrante do Reino Unido).
 
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