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Internacional

- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 01:00

Macron anuncia pacote de medidas para atender aos 'coletes amarelos'

Francês se desculpou por responsabilidade em relação ao desemprego

Francês se desculpou por responsabilidade em relação ao desemprego


/LUDOVIC MARIN/POOL/AFP/JC
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, ontem à noite, um pacote de medidas para responder às manifestações dos chamados "coletes amarelos", que há quase um mês levam milhares de pessoas às ruas do país. Em pronunciamento transmitido pelos principais canais de TV, ele disse que o salário-mínimo, hoje fixado em ¤ 1.500 (R$ 6.500,00), será reajustado em ¤ 100 (R$ 445,00). A recomposição do poder aquisitivo é a principal pauta do movimento, que surgiu em oposição ao aumento de uma taxa sobre combustíveis, já revogado na semana passada.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, ontem à noite, um pacote de medidas para responder às manifestações dos chamados "coletes amarelos", que há quase um mês levam milhares de pessoas às ruas do país. Em pronunciamento transmitido pelos principais canais de TV, ele disse que o salário-mínimo, hoje fixado em ¤ 1.500 (R$ 6.500,00), será reajustado em ¤ 100 (R$ 445,00). A recomposição do poder aquisitivo é a principal pauta do movimento, que surgiu em oposição ao aumento de uma taxa sobre combustíveis, já revogado na semana passada.

Além disso, o presidente afirmou que a remuneração de trabalhadores por horas extras não será taxada e que anularia a alta de uma contribuição compulsória que incide sobre aposentadorias. A medida valerá para quem recebe até ¤ 2 mil (R$ 8.900,00). Por fim, incentivou empregadores a oferecer um abono de fim de ano a funcionários, pagamento que também estará isento de taxas e deduções.

No entanto, Macron afirmou que não recuará da extinção do imposto sobre fortunas (na verdade, convertido em imposto sobre propriedades imobiliárias), uma das de suas primeiras medidas ao chegar ao Palácio do Eliseu, em maio de 2017. O fim do tributo é uma das decisões do chefe de Estado mais atacadas por opositores e por integrantes do movimento dos coletes amarelos, que o chamam de "presidente dos ricos" e criticam o suposto descolamento da realidade do antigo executivo de um banco de investimentos.

O presidente abordou essas alegações de insensibilidade social, pedindo desculpas indiretamente. Para aquele que é comparado a antigos reis pela empáfia e pouca disposição em ceder a apelos populares, trata-se de uma "descida de salto" inédita.

"Não conseguimos trazer resposta rápida e forte a um sofrimento de mães solteiras, aposentados e trabalhadores que já dura 40 anos. Assumo minha parte de responsabilidade por isso", afirmou. "Por vezes, posso ter magoado alguns de vocês com minhas palavras."

Ele se referia a episódios de interação com cidadãos comuns que acabaram em saia justa, como aquele em que, diante da reclamação de um jovem sobre a dificuldade de encontrar emprego na França, disse que poderia achar um posto para ele no ato, atravessando a rua, em qualquer restaurante ou hotel ("eles só querem quem esteja disposto a trabalhar", disparou). A taxa de desocupação entre franceses de até 24 anos é de 20%, enquanto fica nos 9% na população como um todo.

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