O Tribunal Europeu de Justiça decidiu nesta segunda-feira (10) que o Reino Unido pode interromper unilateralmente seu processo de desligamento da União Europeia (UE), o chamado "Brexit", até a data em que, segundo o script atual, ele deve se materializar: 29 de março de 2019.
O governo britânico reagiu dizendo que o veredito não tem efeito prático, porque, seja como for, o Reino Unido vai deixar a UE daqui a pouco mais do que cem dias.
Baseada em Luxemburgo, a corte acompanhou o posicionamento de seu advogado-geral, Manuel Campos Sánchez-Bordona, que rejeitou o argumento do governo do Reino Unido de que a suspensão do desligamento do bloco continental dependeria de uma decisão unânime dos líderes reunidos no âmbito do Conselho Europeu.
A ação foi impetrada na Justiça da Escócia em 2017 por oito parlamentares locais favoráveis à manutenção na UE. Um deles, Alyn Smith, deputado no Parlamento Europeu, classificou a sentença como "dinamite".
"Isso manda uma mensagem clara aos parlamentares britânicos: há um jeito de sair desta bagunça, uma luz no fim do túnel para a economia, os empregos e para a permanência britânica no palco global. Agora depende deles."