O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conseguiu manter sua maioria parlamentar e evitar a convocação antecipada de eleições legislativas no país, inicialmente marcadas para novembro de 2019. O feito se deu pela manutenção do apoio do ministro da Educação israelense, Naftali Bennett, líder do partido de extrema direita Casa Judaica.
Bennett cobiçava comandar o Ministério da Defesa, após a renúncia do então ministro Avigdor Lieberman, na quarta-feira passada. Contudo, foi rejeitado por Netanyahu, que assumiu interinamente a pasta. Especialistas previam que o grupo de Bennett deixaria o governo em retaliação, o que não ocorreu.
Em coletiva de imprensa realizada ontem, o ministro da Educação afirmou que o Casa Judaica retirou todas as suas exigências políticas e que permanecerá ao lado do premiê, que está em seu quarto mandato. Com a renúncia de Lieberman - chefe do partido Beitenu, que tem cinco cadeiras no Parlamento -, a maioria parlamentar de Netanyahu caiu para apenas um deputado - 61 de 120 -, o que colocou sob risco a coalizão governamental.
O então ministro da Defesa deixou o governo israelense em protesto ao cessar-fogo alcançado após uma onda de violência na Faixa de Gaza. Lieberman é a favor de aplicar medidas mais duras contra o grupo islâmico Hamas, que controla Gaza.