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Internacional

- Publicada em 13 de Novembro de 2018 às 14:52

CNN processa Trump e pede de volta credencial revogada pela Casa Branca

 A emissora CNN decidiu entrar com uma ação contra o presidente americano, Donald Trump, e assessores do republicano para que o repórter Jim Acosta tenha a sua credencial que dá acesso à Casa Branca recuperada.
 A emissora CNN decidiu entrar com uma ação contra o presidente americano, Donald Trump, e assessores do republicano para que o repórter Jim Acosta tenha a sua credencial que dá acesso à Casa Branca recuperada.
O jornalista perdeu o passe após se envolver em um embate com Trump durante uma entrevista coletiva realizada na última semana. A justificativa da administração foi de que ele teria tocado de forma agressiva uma auxiliar que tentava tirar um microfone de sua mão.
Protocolada na manhã desta terça-feira (13) em uma corte de Washington, a ação alega que os direitos de Acosta e da CNN previstos na primeira e na quinta emendas constitucionais (que tratam da liberdade de expressão e de imprensa e do abuso de poder por parte do estado, respectivamente) foram violados com a suspensão da credencial.
Além de Trump, também estão na lista de acusados o chefe de gabinete do republicano, John Kelly, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, o vice-chefe de gabinete para comunicações, Bill Shine, o diretor do Serviço Secreto, Joseph Clancy, e o funcionário do Serviço Secreto que apreendeu a credencial de Acosta.
Em comunicado divulgado durante a manhã, a CNN afirma que "se não forem contestadas, as ações da Casa Branca criariam um perigoso efeito inibidor para qualquer jornalista que cobre nossos representantes eleitos."
Na última sexta (9), a emissora enviou uma carta para a Casa Branca solicitando formalmente a imediata reativação da credencial do repórter e alertando sobre a possibilidade de entrarem com uma ação contra a administração.
A associação que representa os jornalistas que cobrem a administração classificou a suspensão da credencial de "inaceitável" e solicitou a reversão imediata da medida, classificada como "frágil e equivocada."
Já a ACLU (American Civil Liberties Union) afirmou que "é inaceitável e anti-americano" que um presidente expulse um repórter por fazer o seu trabalho e exigiu que a administração reverta a decisão imediatamente.
O embate entre Trump e Acosta ocorreu na última quarta (7), durante a primeira entrevista do presidente após as eleições legislativas.
O repórter despertou a fúria do republicano, que o chamou de "rude" e "pessoa terrível", ao insistir em perguntas sobre a caravana de imigrantes da América Central que se dirige aos Estados Unidos e ao se recusar a largar o microfone quando uma assessora tentou tirá-lo de suas mãos.
A secretária de imprensa da Casa Branca afirmou que a administração nunca iria "tolerar um repórter colocando as suas mãos em uma jovem mulher que só tentava fazer o seu trabalho".
Sanders compartilhou um vídeo em uma rede social por meio do qual quis provar que Acosta agiu de forma agressiva contra a funcionária, mas a gravação foi manipulada para tornar os gestos do jornalista mais violentos do que realmente foram.
Questionado na última sexta (9) sobre por quanto tempo Acosta ficaria impedido de acessar a sede do governo, Trump afirmou que ainda não havia decidido e sugeriu que outros jornalistas poderiam sofrer a sanção. Na ocasião, o republicano disse ainda que a Casa Branca deveria ser tratada "com grande respeito."
folhapress
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