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Estados Unidos

- Publicada em 09 de Novembro de 2018 às 01:00

Casa Branca suspende credencial de jornalista que discutiu com Trump

A Casa Branca suspendeu a credencial do jornalista da CNN Jim Acosta depois que ele protagonizou uma discussão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva.
A Casa Branca suspendeu a credencial do jornalista da CNN Jim Acosta depois que ele protagonizou uma discussão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva.
"O presidente Trump acredita na liberdade de imprensa e espera que façam perguntas difíceis a ele e a seu governo. No entanto, nunca vamos tolerar um jornalista que ponha as mãos em cima de uma mulher jovem que simplesmente tenta fazer seu trabalho como estagiária na Casa Branca", declarou em um comunicado a porta-voz da presidência, Sarah Sanders, com relação ao momento em que Acosta confrontou a funcionária porque não queria soltar o microfone. "Como resultado do incidente, a Casa Branca suspende a credencial permanente do jornalista envolvido até novo aviso", disse Sarah.
Uma associação que representa os jornalistas que cobrem a Casa Branca considerou inaceitável a medida. "A Associação de Correspondentes da Casa Branca se opõe fortemente à decisão da administração Trump de usar credenciais de segurança do serviço secreto como uma ferramenta para punir um repórter com quem tem um relacionamento difícil", reagiu o grupo. "Exortamos a Casa Branca a reverter imediatamente esta ação frágil e equivocada."
Na coletiva de quarta-feira, Trump reagiu a uma pergunta sobre o tema da caravana de migrantes da América Central que avança para a fronteira do país. Quando Acosta perguntou se ele havia "demonizado os migrantes" durante a campanha, Trump respondeu: "Não, quero que entrem no país, mas de forma legal".
Acosta insistiu: "Estão a centenas de milhas de distância. Isso não é uma invasão", afirmou, usando a palavra com a qual Trump havia definido o fluxo de migrantes. O presidente, então, reagiu de modo contundente. "Honestamente, acho que você deveria me deixar dirigir o país. Você dirige a CNN, e, se fizesse isso bem, sua audiência seria mais alta", disse.
"Já chega. Abaixe o microfone", acrescentou o republicano, irritado. O jornalista se recusou a entregar o microfone e se sentar, e continuou fazendo perguntas. "A CNN deveria se envergonhar de ter você trabalhando para eles, você é grosseiro e uma pessoa horrível", completou o presidente.
Em comunicado, a CNN considerou que "os ataques deste presidente à imprensa foram longe demais". "Não são apenas perigosos, são preocupantemente antiamericanos", afirmou a emissora, que expressou seu apoio a Acosta e a "jornalistas de todos os lados".

Estado do Michigan legaliza uso recreativo da maconha

Em uma das 155 consultas populares realizadas junto com as eleições de terça-feira, o Michigan se tornou o 10º estado norte-americano a aprovar a legalização da maconha para fins recreativos.
Utah e Missouri a legalizaram para uso medicinal, enquanto Dakota do Norte rejeitou a legalização da erva, também com o intuito de aplicá-la a tratamentos de saúde.
Já os eleitores de Arkansas e Missouri aprovaram o aumento do salário-mínimo nos próximos anos. A medida era uma reivindicação de funcionários de empresas de fast food. Os reajustes, de 30% e 53%, entram em vigor em 2021.
Foi também pelas urnas que os moradores da Flórida liberaram o voto para pessoas que cumpriram penas criminais ou estão em liberdade condicional. A previsão é que cerca de 1,5 milhão de pessoas se beneficiem da medida em um estado considerado crucial para a disputa presidencial. Os eleitores do estado também proibiram a perfuração em alto mar nas águas territoriais, o uso de cigarros eletrônicos em ambiente de trabalho e as corridas de cachorros.
Além da restrição ao aborto, o Alabama também aprovou a volta da permissão para que os Dez Mandamentos possam ser exibidos em escolas e repartições públicas.