Japão, Coreia do Sul e outros grandes importadores de petróleo elogiaram ontem a decisão do governo dos Estados Unidos de permitir que eles continuem comprando petróleo do Irã, apesar de Washington ter reintroduzido na segunda-feira sanções ao regime iraniano. Cinco das oito economias que ficaram isentas das sanções são da Ásia: China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Taiwan. As demais são Grécia, Itália e Turquia.
O governo japonês demonstrou satisfação de ter sido poupado temporariamente de possíveis punições por importar petróleo iraniano. Segundo o chefe de gabinete do país, Yoshihide Suga, Tóquio está avaliando consequências e tem feito consultas a Washington sobre como proteger empresas japonesas de "efeitos adversos". Em Seul, o ministro de Comércio da Coreia do Sul, Kim Hyun-chong, disse que a isenção abriu um espaço para a indústria de refino do país "respirar".
No caso do Japão, o Irã é um fornecedor significativo, mas não o principal. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Catar e Kuwait exportam mais petróleo para os japoneses do que o Irã. Já a China é o maior importador mundial de petróleo, cerca de 9 milhões de barris por dia, e também de petróleo iraniano.