Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Investigação

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 01:00

Promotor saudita diz que assassinato de jornalista foi premeditado

Um promotor público da Arábia Saudita declarou nesta quinta-feira que o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, no consulado do seu país em Istambul, foi "premeditado". Segundo a TV estatal Ekhbariya, ele disse ainda que a promotoria está interrogando os suspeitos com base em informações fornecidas por uma força-tarefa turco-saudita que investiga o caso do proeminente crítico do governo, que desapareceu no dia 2 de outubro após entrar no consulado para obter documentos.
Um promotor público da Arábia Saudita declarou nesta quinta-feira que o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, no consulado do seu país em Istambul, foi "premeditado". Segundo a TV estatal Ekhbariya, ele disse ainda que a promotoria está interrogando os suspeitos com base em informações fornecidas por uma força-tarefa turco-saudita que investiga o caso do proeminente crítico do governo, que desapareceu no dia 2 de outubro após entrar no consulado para obter documentos.
Após negar a morte de Khashoggi, Riad, sob pressão internacional, passou a dar diferentes versões para o crime. Na semana passada, a informação era de que o jornalista havia sido morto por "agentes desonestos" depois que uma discussão acalorada se transformou em briga. Mais tarde, o reino alegou que foi uma operação conduzida por agentes de inteligência não autorizada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. As explicações vão contra a das autoridades turcas, segundo as quais Khashoggi foi drogado, morto e desmembrado pouco depois de entrar no consulado.
Também nesta quinta-feira o príncipe presidiu a primeira reunião de um comitê que vai reestruturar o comando da agência geral de inteligência, informou a agência de notícias do governo, SPA.

Filho de Jamal Khashoggi deixa a Arábia Saudita rumo aos Estados Unidos

Salah Khashoggi, filho mais velho do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado no início deste mês, deixou a Arábia Saudita com sua família rumo aos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira a organização internacional Human Rights Watch. As autoridades sauditas não reagiram por enquanto, mas Sarah Leah Whitson, diretora executiva da ONG para o Oriente Médio e o Norte da África, explicou que a viagem foi aparentemente autorizada depois que a proibição de deixar o país que pesava sobre Salah foi suspensa.
Duas fontes próximas à família disseram que Salah Khashoggi já chegou a Washington. Uma delas afirmou que o filho do jornalista assassinado tem cidadania saudita-americana. A viagem de Salah ocorre dois dias depois de ele ter sido recebido pelo rei Salman e pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.