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Relações diplomáticas

- Publicada em 22 de Outubro de 2018 às 01:00

Turquia promete dar detalhes de investigação sobre morte de jornalista

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que vai divulgar amanhã detalhes das investigações turcas sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Falando ontem a apoiadores em Istambul, Erdogan disse que a Turquia está buscando justiça e que vai "entrar em detalhes" num discurso a membros do partido governista no Parlamento.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que vai divulgar amanhã detalhes das investigações turcas sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Falando ontem a apoiadores em Istambul, Erdogan disse que a Turquia está buscando justiça e que vai "entrar em detalhes" num discurso a membros do partido governista no Parlamento.
A imprensa pró-governo na Turquia afirma que um grupo de assassinos viajou para matar Khashoggi dentro do consulado saudita depois que ele entrou no prédio no dia 2 de outubro. A Arábia Saudita reconheceu que o jornalista, um crítico do governo que vivia nos Estados Unidos, morreu dentro do prédio, mas afirma que o crime ocorreu após uma briga no consulado.
A versão saudita tem sido recebida com ceticismo no mundo em meio a acusações de acobertamento do crime. O Reino Unido, a Alemanha e a França assinaram um comunicado conjunto condenando a morte de Khashoggi no qual afirmam que há "necessidade urgente de clarificar o que exatamente aconteceu".
Os governos dos países europeus afirmam no comunicado que ataques a jornalistas são inaceitáveis e dignos da "máxima preocupação das três nações". Eles afirmam que a "hipótese" proposta até agora na investigação saudita precisa ser suportada por fatos para que possa ser considerada crível.

Secretário dos EUA acha 'prematuro' discutir sanções contra a Arábia Saudita

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou ontem considerar que é "prematuro" discutir sanções contra a Arábia Saudita antes que esteja completa a investigação sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Mnuchin concedeu entrevista a jornalistas em Jerusalém, de onde inicia uma visita ao Oriente Médio, e disse que vai visitar a Arábia Saudita para solidificar uma campanha de pressão contra o Irã.
O secretário do Tesouro considerou que as respostas sauditas até o momento são um "bom primeiro passo", embora tenha afirmado que não há informações suficientes ainda. Na avaliação de Mnuchin, todos desejam mais respostas sobre o desaparecimento do jornalista.
Os sauditas disseram na sexta-feira que Khashoggi, um crítico do governo que vivia nos EUA, morreu após uma briga no consulado da Arábia Saudita em Istambul, em 2 de outubro. Khashoggi estava no consulado para obter documentos relacionados ao casamento. Segundo o governo saudita, 18 cidadãos estão detidos até os resultados finais de uma investigação. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o assassinato é "inaceitável", mas considerou a resposta saudita crível.
A viagem de Mnuchin ao Oriente Médio mostra a linha tênue com que o secretário do Tesouro tenta trabalhar enquanto o governo Trump cultiva um relacionamento estratégico com a Arábia Saudita para apoiar seus objetivos na região. Muitos dos principais líderes financeiros e autoridades mundiais têm se afastado do reino e de seu príncipe, Mohammed bin Salman, após a morte de Khashoggi.
A Arábia Saudita é o principal desafiante ao poder do Irã na região e um fornecedor crucial de petróleo. O reino deve ainda ter um papel crítico em trazer os palestinos para a mesa de negociações em qualquer acordo de paz que venha a ser firmado com Israel, importante aliado dos EUA.