O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que não está acobertando a Arábia Saudita no caso do desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi. Autoridades turcas dizem que o repórter foi morto durante visita ao consulado saudita em Istambul.
Na terça-feira, o republicano havia criticado a imprensa pelo que chamou de "pressa" em acusar o regime saudita de assassinato. Antes, havia dito que "matadores de aluguel" poderiam ser responsáveis pela morte do jornalista.
Trump afirmou que os EUA requisitaram "áudios ou vídeos que autoridades turcas dizem ter" e que provam a tortura e o assassinato de Khashoggi, "se eles existirem". Em entrevista à Fox Business Network, o presidente falou que não pretende se afastar da Arábia Saudita, apesar do aumento da pressão internacional em torno do caso.
"Não quero fazer isso", afirmou, reiterando que não acredita que líderes sauditas estejam envolvidos no sumiço de Khashoggi. "Francamente, eles têm um enorme pedido (de armas) de US$ 110 bilhões. São 500 mil empregos. É o maior pedido na história de nosso país de um Exército estrangeiro, e vamos abandoná-lo?", indagou. "Precisamos da Arábia Saudita para a luta contra o terrorismo, contra tudo o que acontece no Irã e outros lugares."