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Internacional

- Publicada em 15 de Outubro de 2018 às 01:00

Arábia Saudita responderá a 'ameaças' no caso de jornalista desaparecido

Assassinato  teria acontecido dentro da embaixada da Arábia Saudita em Istambul

Assassinato teria acontecido dentro da embaixada da Arábia Saudita em Istambul


OZAN KOSE/AFP/JC
Em resposta aos comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o sumiço do jornalista Jamal Khashoggi, a Arábia Saudita disse rejeitar qualquer "ameaça" de sanções econômicas ou pressão política. Além disso, Trump alertou que o reino irá responder a qualquer ação tomada.
Em resposta aos comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o sumiço do jornalista Jamal Khashoggi, a Arábia Saudita disse rejeitar qualquer "ameaça" de sanções econômicas ou pressão política. Além disso, Trump alertou que o reino irá responder a qualquer ação tomada.
O presidente dos EUA disse, em entrevista ao programa "60 minutes", da emissora CBS, que haverá "punição severa" caso investigações concluam que a Arábia Saudita está envolvida no desaparecimento e possível morte de Jamal Khashoggi, que era grande crítico do país e escrevia para o jornal norte-americano The Washington Post.
Autoridades turcas dizem ter gravações comprovando que o jornalista teria sido assassinado e desmembrado por agentes sauditas em visita ao consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro. Já o reino saudita afirma que as alegações turcas são "sem fundamento", mas não ofereceu evidências de que Khashoggi tenha deixado o consulado.
Trump disse, na entrevista, que os EUA ficariam "muito chateados e com raiva" se os sauditas fossem responsáveis pelo caso, pontuando que atacar um jornalista é "algo realmente terrível e desagradável".
O presidente norte-americano ponderou, contudo, que não é a favor de sanções porque elas custariam empregos nos EUA. "Eles (a Arábia Saudita) estão encomendando equipamentos militares", comentou, acrescentando que os EUA venceram concorrentes como China e Rússia quando negociaram a venda de US$ 100 bilhões em armas para o governo saudita no ano passado. "Boeing, Lockheed, Raytheon, todas essas empresas. Não quero comprometer empregos, não quero perder um pedido como aquele", disse, referindo-se a empresas de equipamentos de defesa.
Ao vender armas para a Arábia Saudita, Washington busca evitar que o reino se volte à Rússia, que vem buscando manter laços estreitos com países do Golfo Pérsico para expandir sua influência na região.
A gravação obtida pelo governo turco teria sido feita pelo Apple Watch (relógio) que o jornalista usava quando foi ao consulado da Arábia Saudita em Istambul. A informação foi publicada, neste sábado, pelo jornal turco Sabah. A matéria relata que as autoridades turcas conseguiram recuperar o áudio do iPhone de Khashoggi e de sua conta no iCloud.
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