O Papa Francisco expulsou da Igreja Católica outros dois bispos chilenos acusados de abuso sexual, informou, no sábado, o Vaticano. Antes do anúncio, o pontífice recebeu o presidente chileno, Sebastián Piñera, em audiência privada.
Os religiosos expulsos foram os bispos Francisco José Cox Huneeis, arcebispo emérito de La Serena; e Marco Antonio Ordenes Fernández, arcebispo emérito de Iquique. Trata-se da mais severa punição da Igreja. Segundo comunicado da Santa Sé, a expulsão ocorreu "como resultado de atos manifestos de abuso". A decisão, tomada pelo Papa na quinta-feira passada, não admite recurso. Os dois foram substituídos por administradores apostólicos interinos.
Em 21 de setembro, o Papa tinha aceitado a demissão de outros dois bispos do Chile: dom Carlos Eduardo Pellegrin Barrera, que atuava em San Bartlomé de Chillan, e dom Cristián Enrique Contreras Molina, da diocese de San Felipe. Na sexta-feira, Francisco aceitou o pedido de demissão do cardeal norte-americano Donald Wuerl de seu cargo de arcebispo de Washington, após ele ter sido acusado de acobertar padres pedófilos.