Keiko Fujimori, filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, foi detida nesta quarta-feira (10) ao comparecer ao Ministério Público para prestar depoimento sobre uma acusação de lavagem de dinheiro. Segundo a advogada Giuliana Loza, a líder do partido Força Popular ficará presa provisoriamente por um prazo de dez dias, segundo informou o jornal peruano El Comercio.
A acusação está relacionada com verbas recebidas para campanha eleitoral em 2011. O El Comercio afirmou que o juiz Richard Concepción Carhuancho ordenou a detenção devido ao risco de fuga. Outras 19 pessoas também foram detidas como parte do mesmo processo, incluindo dois ex-ministros.
Keiko se tornou a principal herdeira política do pai e concorreu duas vezes à presidência do país, mas perdeu ambas no segundo turno - para Ollanta Humala em 2011 e para Pedro Pablo Kuczynski em 2016. No fim de 2017, Keiko liderou o movimento para derrubar Kuczynski, que acabou renunciando em março para evitar o impeachment.
A ação, porém, acabou causando um racha na família já que seu irmão, Kenji, negociou apoio a Kuczynski em troca de um indulto ao pai, que estava preso condenado por crimes contra a humanidade. Na semana passada, o indulto acabou sendo cancelado por um juiz.