Em um discurso em tom de raiva, entremeado por momentos de choro, o juiz Brett Kavanaugh negou as acusações de ataque sexual que pesam contra ele e disse que o processo é uma "desgraça nacional". O indicado do presidente Donald Trump para a Suprema Corte dos EUA falou nesta quinta-feira no Comitê Judiciário do Senado. Mais cedo, a professora Christine Blasey Ford, que o acusa de tê-la atacado sexualmente no início da década de 1980, foi ouvida pelos senadores.
O juiz negou as acusações, posição que tem adotado desde que a história veio à tona, no dia 16 de setembro, e procurou não desmentir a versão de Christine. "Não estou questionando que ela tenha sido atacada sexualmente, mas nunca fiz isso com ela ou qualquer pessoa", disse.
Christine alega que, em uma noite de 1982, Kavanaugh a prendeu em uma cama e tentou estuprá-la. A professora não hesitou ao afirmar a questão crucial sobre o suposto ataque: a identidade de quem a agrediu. E afirmou ter "100% de certeza" de que o agora juiz foi o responsável.
Kavanaugh agora será questionado por senadores e pela procuradora Rachel Mitchell. Três mulheres já acusaram o juiz de algum tipo de delito sexual, o que tem levado a um atraso no processo de nomeação para a Suprema Corte.