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Internacional

- Publicada em 28 de Setembro de 2018 às 01:00

Conselho da ONU aprova resolução histórica sobre a Venezuela

Em discurso, presidente diz que crise humanitária foi fabricada

Em discurso, presidente diz que crise humanitária foi fabricada


ANGELA WEISS/AFP/JC
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução histórica sobre a Venezuela, na qual pede que o governo do presidente Nicolás Maduro "aceite a ajuda humanitária" para solucionar os problemas de "escassez" de alimentos e medicamentos. É a primeira vez em sua história que o Conselho da ONU adota uma resolução sobre o país sul-americano.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução histórica sobre a Venezuela, na qual pede que o governo do presidente Nicolás Maduro "aceite a ajuda humanitária" para solucionar os problemas de "escassez" de alimentos e medicamentos. É a primeira vez em sua história que o Conselho da ONU adota uma resolução sobre o país sul-americano.

O texto, proposto por vários países latino-americanos, como Argentina, Peru, Chile e Colômbia, além do Canadá, foi aprovado por 23 dos 47 Estados representados no Conselho, incluindo o Brasil. Dezessete nações se abstiveram e sete votaram contra, entre elas, China, Cuba e a própria Venezuela.

A resolução pede a Caracas que "aceite ajuda humanitária com o objetivo de remediar a escassez de alimentos, medicamentos e recursos médicos", que vem provocando um "aumento da desnutrição, em particular de crianças, e a aparição de doenças que haviam sido erradicadas ou controladas anteriormente na América do Sul". O Conselho pressiona o governo venezuelano "a cooperar" com o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, dirigido desde setembro pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, a quem foi pedido que apresente um "informe completo" sobre a situação na Venezuela na 41ª sessão do Conselho, em junho de 2019.

"Estamos profundamente preocupado com as graves violações de direitos humanos, que se produzem no contexto de uma crise política, econômica, social e humanitária", afirmou o Alto Comissariado em relatório publicado em junho. Maduro não autoriza a entrada do escritório de Direitos Humanos da ONU no país desde 2013. Bachelet, espera negociar com Caracas para conseguir acesso.

Em um dos discursos mais longos da Assembleia Geral da ONU, Maduro afirmou, na quarta-feira, que a crise humanitária na Venezuela foi "fabricada" para justificar uma intervenção no país. "Usam uma crise humanitária para justificar as sanções contra a Venezuela. Fabricaram uma crise migratória. Que caia sobre seu próprio peso", afirmou durante seu discurso, que durou 50 minutos e foi interrompido por aplausos dos participantes em, pelo menos, quatro ocasiões.

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