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Estados Unidos

- Publicada em 23 de Agosto de 2018 às 01:00

Ex-advogado de Trump afirma ter informações sobre conspiração russa

Ex-aliados do republicano, Cohen (e) e Manafort estão envolvidos em escândalos judiciais

Ex-aliados do republicano, Cohen (e) e Manafort estão envolvidos em escândalos judiciais


AFP/JC
Michael Cohen, ex-advogado do presidente Donald Trump, tem informações de interesse sobre a suposta interferência russa nas eleições dos Estados Unidos em 2016, garantiu, ontem, seu advogado, Lanny Davis. "Ele tem informação tanto sobre uma conspiração para corromper a democracia norte-americana pelos russos quanto sobre a falha em denunciar esse conhecimento ao FBI", afirmou Davis ao canal MSNBC. Cohen foi advogado e uma espécie de faz-tudo de Trump por 12 anos.
Michael Cohen, ex-advogado do presidente Donald Trump, tem informações de interesse sobre a suposta interferência russa nas eleições dos Estados Unidos em 2016, garantiu, ontem, seu advogado, Lanny Davis. "Ele tem informação tanto sobre uma conspiração para corromper a democracia norte-americana pelos russos quanto sobre a falha em denunciar esse conhecimento ao FBI", afirmou Davis ao canal MSNBC. Cohen foi advogado e uma espécie de faz-tudo de Trump por 12 anos.
À CNN, Davis disse que seu cliente "tem informações que poderiam ser de interesse do procurador especial (Robert Mueller) sobre se Trump soube de antemão a respeito da violação de e-mails". Um júri dos EUA indiciou 12 agentes russos pela violação das redes da então candidata Hillary Clinton e do Partido Democrata. "Cohen ficará mais do que feliz em contar para o procurador especial tudo o que sabe", acrescentou Davis.
Em sua primeira reação após Cohen se declarar culpado, na terça-feira, em um tribunal de Nova Iorque, de oito acusações criminais - entre elas, o pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels e a uma ex-modelo da Playboy com o objetivo de "influenciar as eleições" -, Trump escreveu nas redes sociais: "Se você quiser um bom advogado, sugiro que não contrate Michael Cohen". As duas mulheres teriam tido casos com o presidente, ficando sob responsabilidade do ex-advogado do republicano silenciá-las por meio de suborno.
O republicano afirmou, ainda, que Cohen está "inventando histórias" para "obter um acordo". Davis disse que seu cliente não busca um perdão presidencial. "Ele não quer nada de Donald Trump", garantiu.
Já no estado da Virgínia, um júri considerou o ex-chefe de campanha de Trump Paul Manafort culpado por oito crimes financeiros não relacionados à corrida eleitoral. Foi a primeira vitória jurídica dos promotores que compõem a equipe de Mueller, cuja investigação Trump classificou como "caça às bruxas".
Porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders afirmou em entrevista coletiva ontem que o presidente não cometeu crimes nem enfrenta qualquer acusação judicial. "Trump não fez nada de errado", insistiu várias vezes Sanders. 
 

Líder democrata diz que impeachment 'não é prioridade'

A líder do Partido Democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que o impeachment do presidente Donald Trump "não é uma prioridade" para os liberais, apesar da condenação do ex-diretor da campanha republicana, Paul Manafort, e da confissão de culpa de Michael Cohen, advogado que já defendeu Trump.
Em entrevista à Associated Press, Nancy disse que "o impeachment tem de brotar de outra coisa". Ela afirmou que prefere que os democratas, se conseguirem a maioria na Câmara nas eleições de meio de mandato em novembro, conduzam a supervisão e garantam que o conselheiro especial Robert Mueller, que investiga a interferência russa na eleição presidencial de 2016, possa concluir seu trabalho.
"Se e quando as informações surgirem sobre isso, veremos. Não é uma prioridade na agenda daqui para a frente, a menos que alguma outra coisa apareça", garantiu.